Polícia

Empresário Jamil Name e o filho são presos em Campo Grande

27 SET 2019 • POR • 15h43
Empresário é apontado por ligações com série de execuções praticadas em Campo Grande - Arquivo/Campo Grande News

O empresário Jamil Name e o filho Jamil Name Filho foram presos preventivamente, em condomínio de luxo no Jardim São Bento durante operação realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), força-tarefa da Polícia Civil que investiga execuções na Capital, e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) com o Batalhão de Choque e o Bope de Campo Grande.

Ao todo, são 23 ordens de prisões, com 13 mandados de prisão preventiva e 10 de prisão temporária, cumpridos em Campo Grande. A lista de presos inclui um policial federal e quatro policiais civis. A operação foi autorizada pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira. O nome da operação, ‘Ormetà’, é um código de honra da máfia italiana, que faz voto de silêncio.

Jamil Name é o empresário para quem trabalhava o então guarda municipal Marcelo Rios, preso em maio com um arsenal que pode estar ligado a crimes de pistolagem em Campo Grande e que tinha o mesmo modelo de fuzil usado em três execuções. As vítimas foram identificadas como Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa), Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat) e o universitário Matheus Coutinho Xavier (a suspeita é de que o alvo fosse seu pai, um policial militar reformado).

Na sequência, foram presos outros dois guardas municipais, que também trabalhavam na segurança do empresário. Eles foram denunciados pelo Gaeco por obstruir investigação e integrar organização criminosa.

Defesa

A defesa de Jamil Name busca cópia da decisão judicial que determinou a prisão dele e do filho. “Por ora estão a cumprir busca e apreensão. A defesa já requereu e está no aguardo de cópia de tudo, para melhor se posicionar. Não receber uma cópia da decisão no ato em que autoridades entram em sua residência já revela uma grave ilegalidade, típica dos tempos estranhos em que vivemos”, afirma o advogado André Borges, que compartilha a defesa do empresário com Renê Siufi.