Agronegócio

Conab diz que não riscos de desabastecimento no Brasil

16 ABR 2020 • POR Agência Brasil • 15h42

Ao anunciar os números do 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas (as Centrais de Abastecimento), em pesquisa que aponta o total de frutas e hortaliças comercializadas no país, técnicos da Conab (a Companhia Nacional de Abastecimento) voltaram a afirmar, nesta quinta-feira (16), em Brasília, que, apesar da corrida inicial a centrais de abastecimentos e supermercados, por conta da Covid-19, o Brasil não corre risco de desabastecimento. Eles falaram também sobre a influência das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus na dinâmica da comercialização desses produtos.

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, “as centrais de abastecimento estão em pleno funcionamento e adotaram diversas medidas de controle sanitário para a segurança, na prevenção ao novo coronavírus, com o objetivo de assegurar à população o acesso aos mais variados produtos, não havendo, portanto, indícios de desabastecimento de hortifruti no país”. Bastos disse ainda, ao abrir entrevista online, que caso sejam identificados problemas, “atuaremos para que sejam mitigados [reduzidos] o quanto antes”.

O diretor executivo de Operações, Abastecimento e de Política Agrícola da Conab, Bruno Cordeiro, disse que, enquanto estabelecimentos de hortifrutis e supermercados intensificaram as compras em razão de uma maior demanda, observou-se também a redução do fluxo de movimentação nas centrais de abastecimento, devido ao fechamento de bares e restaurantes e das recomendações de isolamento social.

“Essas variáveis geraram um cenário atípico que repercutiu nas cadeias produtivas e no elo de comercialização”, disse Cordeiro, antes de detalhar as altas identificadas em março nos preços de produtos como batata, cenoura, tomate, cebola e de frutas. Segundo ele, as exceções ficaram com a maçã, que teve baixas variando entre -3,38% (em Minas Gerais) e -7,14% (Pernambuco) e folhosas perecíveis, como o alface, que registrou baixas de -15,69% no Espírito Santo, e de -9,84% em São Paulo.