Cidades

Cinco fazendeiros são investigados pela PF por destruição de 25 mil hectares do Pantanal de MS

16 SET 2020 • POR g1/ms • 19h35
PF utilizou barco para cumprir alguns mandados da operação que investiga o crime ambiental em MS - Foto: PF/Divulgação

Cinco fazendeiros são investigados pela Polícia Federal (PF) pelas queimadas que destruíram 25 mil hectares do Pantanal de Mato Grosso do Sul, na região da Serra do Amolar, em Corumbá. Nenhum foi preso por conta dessa investigação.

Essas queimadas foram o foco da operação Maitáá, deflagrada na segunda-feira (14) pela unidade. Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, um dos fazendeiros foi preso em flagrante, por posse irregular de arma de fogo e munições.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Alan Givigi, cada um dos produtores rurais é dono de uma fazenda onde foi verificado início do fogo que destruiu parte da área de preservação ambiental do Pantanal, na divisa com o Mato Grosso. "São 5 fazendas, cada um com um dono diferente", disse.

A suspeita dos policiais é que os produtores rurais tenham colocado fogo em vegetação nativa para transformá-la em pastagem para criação de gado. "Você extrai a mata nativa, e aí fica a pastagem para o gado", fala o delegado.

Conforme a PF, os suspeitos de colocarem fogo na região poderão responder pelos crimes de dano a floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a unidades de conservação, incêndio e poluição (Art. 54, da Lei no 9.605/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.