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PF prende traficantes de animais silvestres na Operação Urutau 2

4 DEZ 2020 • POR • 15h02

A Polícia Federal prendeu hoje (4) um dos principais traficantes de animais silvestres do país. Além dele, outros 13 envolvidos tiveram a prisão preventiva decretada por retirar da natureza, manter em cativeiro, comercializar e falsificar cartas de regularidade de animas; além de cometer crime contra a saúde, já que algumas das espécies são vetoras de zoonoses (doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos, ocasionando inclusive a morte). 

“Esse traficante já atuava, comprovadamente, há 38 anos e já estava passando a função para o filho. Há também envolvimento de outros familiares com o tráfico de drogas, quando o tráfico de animais silvestres não está bem por conta do calendário de nascimento das espécies. A esposa foi presa em flagrante transportando drogas no Mato Grosso do Sul. [A operação] serviu para identificarmos essa simbiose de ilícitos”, explicou o delegado chefe da Delegacia de Repressão de Crimes contra o meio ambiente da Polícia Federal, Sebastião Pujol. 

Segundo Pujol, no curso das investigações foram apreendidos, pelo menos, 500 animais silvestres e, somente hoje, 200, sendo a maioria aves. 

Os integrantes comercializavam, por meio de redes sociais, entre outros, as aves Arara-canindé, Arara-azul, Arara-vermelha, Ararajuba, Jabuti-piranga, Jacaré, Macaco-prego, Sagui de tufos brancos, Saíra-pintor e Tucano-toco, todas protegidas de extinção. “O tráfico de animais é um dos maiores danos ao meio ambiente, porque gera perda de biodiversidade, porque além dos mau-tratos, os animais chegam à morte”, disse o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim.