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Agência Brasil explica: como limpar o cache e o histórico de navegação

22 FEV 2021 • POR • 10h00

Quem usa dispositivos eletrônicos sempre se depara com os termos cache, cookies, histórico e encriptação. A princípio, as palavras parecem complicadas e enigmáticas, mas são funcionalidades essenciais dos navegadores de internet modernos. Não saber gerenciá-las e distingui-las pode gerar dores de cabeça e colocar em risco informações preciosas sobre hábitos e privacidade em geral. Isso vale para quem usa computadores e celulares para o trabalho, estudos e até mesmo para diversão.

Um navegador pode guardar o histórico de visitação de sites por tempo indefinido. Ele faz isso para ajudar o usuário a achar informações antigas que possam ser valiosas, como aquela receita de bolo que você leu 3 anos atrás, o nome daquele livro que foi citado em um artigo interessante ou até mesmo quando foi feita uma consulta de situação cadastral no site da Receita Federal.

Alguns dados sensíveis, como logins, senhas, anotações (no caso de editores de texto online, como o OneNote ou o GoogleDocs), lista de leituras e visitas a sites, e-mails, fotos, vídeos e outros conteúdos confidenciais podem cair em mãos erradas caso alguém mal-intencionado tenha oportunidade de acesso à vítima.

“Antigamente, na época das famosas lan houses [estabelecimentos semelhantes à cibercafés, onde se pode usar um computador compartilhado com acesso à internet para diversas finalidades] era muito comum a brincadeira de ficar olhando o histórico de navegação da pessoa que acabou de sair da máquina. As pessoas não sabiam que era possível bisbilhotar o que você tinha acabado de acessar”, relembra Lucas Fernandes Galvão, especialista em cibersegurança.

“Quando uma máquina é usada no dia a dia, várias informações importantes são guardadas. Imagine uma pessoa que leva seu notebook e, por acaso, é assaltada ou perde o aparelho no ônibus. Algumas pessoas usam HDs [discos rígidos, onde as informações e arquivos são salvos e armazenados para uso contínuo] criptografados, ou seja, codificados de um jeito especial e seguro. Mas a maior parte, não. E para essas pessoas, o risco de ter informações pessoais visualizadas por estranhos é imensa.”

Lucas alerta também para o perigo da perda de informações de trabalho ou até mesmo o acesso às redes sociais da vítima - situação que cria oportunidades para golpes financeiros, além de mensagens indesejadas que podem gerar imensos transtornos.

Soluções

O cache é onde ficam localizados os arquivos temporários do dispositivo. Sempre que um site é visitado, algumas informações são baixadas para o computador para agilizar o carregamento do conteúdo. Isso também acontece com imagens, sons, vídeos, certos scripts e códigos.

As informações que o usuário insere ficam armazenadas nos cookies - pequenos e valiosos fragmentos de identidade que permitem ao servidor identificar aquele acesso. Juntando todas essas pequenas peças, é possível rastrear com precisão como se deu a interação entre a página e o usuário. Para evitar o perigo, limpar o cache deve se tornar uma rotina - principalmente se o equipamento for de uso coletivo ou profissional.

Veja como limpar a memória cache dos principais navegadores:

» Chrome

No navegador da Google basta buscar a opção preferências no botão de reticências verticais do lado direito da barra de endereços. Lá, vá em configurações. Em seguida, basta achar a opção Limpar dados de navegação. A dica funciona para todas as plataformas que rodam o navegador: Windows, MacOS, Linux, Chromium e demais sistemas operacionais.