Alan Guedes enfrenta o quinto e maior protesto em cinco meses de mandato
Contrariando ‘solicitação’ feita nas primeiras horas da manhã pelo Ministério Público, grupo de comerciantes decidiu sair em carreata por volta das 10h30 desta segunda-feira (31) e acampou em frente ao gabinete do prefeito Alan Guedes (PP), com o objetivo de tentar sensibilizar a autoridade sobre a necessidade de flexibilização no decreto 400, que instituiu o lockdown no Município até o dia 12 de junho.
Este é o quinto manifesto enfrentado pelo atual prefeito, em cinco meses da atual gestão. Primeiramente, ele enfrentou servidores da UPA e do Hospital da Vida, teve manifestos de trabalhadores da Fundação de Saúde, do Movimento dos Sem-teto e já, em outra ocasião, enfrentou protestos dos representantes do comércio, quando da primeira investida para tentar fechar o comércio; nessa ocasião, inclusive, manifestantes ameaçaram de acampar na frente da casa dele. Alan Guedes chamou a Guarda Municipal. Desta vez, chamou até o Batalhão de Choque, de Campo Grande.
Os comerciantes querem, pelo menos, ter o direito de funcionar com as portas fechadas e manter o sistema de entrega em delivery durante o período de restrição para a abertura do expediente ao público. A manifestação não conseguiu demover Alan Guedes e nem ele, nem qualquer outro assessor, recebeu ao menos algum representante do grupo. Um deles, inclusive, chegou a ser detido, sob a argumento de ter afrontado a lei de biossegurança.
CONFIRA O QUE QUEREM OS MANIFESTANTES
Cláudio Gaiofatto, que foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Município nos últimos meses da gestão da ex-prefeita Délia Razuk (PL) e ainda saiu candidato a vereador pelo PTB, em apoio ao candidato Wilson Matos que disputou a Prefeitura, foi preso e encaminhado por uma viatura da PM (Polícia Militar) até à sede do Batalhão. Ele foi apontado como um dos líderes do movimento, conforme se cogitou no local da aglomeração.
De acordo com o documento elaborado pelas lideranças do manifesto, a carreata foi carreata com o intuito de conseguir conversar com a Câmara dos Vereadores e com o Prefeito Alan Guedes para ouvir as solicitações da classe dos comerciantes. “Diante do caos da saúde em que a cidade e região se encontra, a classe comerciante não tem o intuito de ferir a ordem pública, e nem desrespeitar o Decreto nº 400, da Prefeitura de Dourados. Solicitamos apenas uma reunião para nos ajudar a minimizar o impacto sobre o comércio local”.
Os manifestantes dizem que não são contra o decreto, “somos contra o lockdown eletivo, postos de combustíveis, supermercados e a feira livre continuam abertos, os restaurantes continuam com suas entregas, pedimos em nome de todo o comércio que possamos trabalhar internamente, mesmo que com equipe reduzida e sem atendimento ao público”, diz um dos trechos do documento, que nem chegou a ser recebido pela Prefeitura.