Artigos

Voto auditável? Sim

30 JUL 2021 • POR CÍCERO MAIA • 13h41

Estamos a assistir a mais um assunto polêmico da nossa vida sócio política brasileira que é o fato de, se devemos ter o voto, depositado nas urnas eletrônicas, impressos ou não e, com isso auditáveis. Ou seja, capazes de serem conferidos posteriormente ao seu deposito na urna, caso dúvidas venham a surgir sobre a equivalência entre a ação da escolha de um candidato, por um eleitor, e o resultado auferido por esse, após o democrático ato da escolha, no processo eletivo, disposto a todos os representados pelos candidatos brasileiros.

O simples fato de as urnas serem eletrônicas nos impele, objetivamente, à necessidade de que os votos devam, necessariamente, ser recontáveis, da forma primitiva, ou seja manual, caso dúvidas venham a surgir, persistir em decorrência da falta de relação entre a capacidade elegível do candidato e a sua performance no resultado do processo eleitoral.

O universo dos computadores é, completamente, dominado por “programadores” que preparam um combinado das ações conhecidas por uma expressão, chamada de “algoritmos”, ou seja, isso quer dizer, que os responsáveis pelos programas de computadores, que vão gerir o processo eleitoral, podem instruir as máquinas a fazerem os que eles querem que elas respondam. Para que isso aconteça, eles vão prepará-las com uma sequência de códigos capazes de fazer com que o objetivo seja atingido de forma inequívoca do resultado apresentado e este seja indiscutível.

Um exemplo simples de ser apreciado, nesse caso, é a disposição de que um determinado candidato venha a se sagrar vencedor em uma determinada competição que poderá ser política ou não.

Os programas serão preparados da seguinte forma: A cada voto concedido ao eleito que deverá se sagrar vencedor, a máquina computará, acrescerá, um determinado número de votos a mais do que os recebido por outros candidatos e, com isso, o sucesso estará garantido.

Em uma recente eleição à Presidência da República, as 19h:40min, aproximadamente, um dos candidatos já se preparava para as suas primeiras palavras como eleito quando veio a notícia de que o seu concorrente, em apenas vinte minutos, virou o placar e ganhou a eleição.

Nesse caso só Deus e os programadores dos computadores do TSE, sabem o que aconteceu!

Foi acaso? Destino ou a politização dos brasileiros que se transformou repentinamente?

Em se tratando de computadores, tudo é possível!

* É Administrador e Professor. artigosbsb@gmail.com