Fake news é reflexo de mau uso das redes sociais, diz ministra em Semana Jurídica
Ministra Cármen Lúcia encerra Semana Jurídica da UNIGRAN com palestra sobre liberdade de expressão em tempos de redes sociais
Encerrando a XLII Semana Jurídica de Direito da Unigran, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, ministrou sexta-feira (27) à noite, por transmissão online, a palestra ‘A liberdade de expressão em tempos de redes sociais’. O encontro, que aconteceu na modalidade remota, também celebrou os 45 anos da criação do curso em Dourados.
A ministra iniciou a sua fala agradecendo o convite da Faculdade de Direito, através do diretor Renato de Aguiar Pereira Lima, e ressaltou a importância das semanas jurídicas para as Instituições de Ensino Superior. “É um espaço de reflexão e de ideias que, cada vez mais, nós precisamos dispor, trocar, para amadurecer as experiências brasileiras”, apontou.
Durante a palestra, Carmen Lúcia pontuou sobre democracia e liberdade, liberdade de expressão e o direito constitucional e, por fim, culminando na liberdade de expressão em tempos de redes sociais.
A ministra exaltou a democracia brasileira, afirmando que é o “único espaço que nos permite o exercício da liberdade para que a gente cumpra a vocação que todos nós temos, cada um com sua própria identidade”. Ainda, completou dizendo que a democracia garante que a sociedade possa se reconstruir, se transformar, se aprimorar, em benefício de todos os cidadãos.
Por fim, Carmen Lúcia assumiu os benefícios das redes sociais para a geração, porém frisou que os problemas não são elas, mas como são utilizadas, gerando, por exemplo, as fake news. “A tecnologia por si não é nociva, o que é nocivo é o mau uso, o que pode gerar grandes e perversas consequências”, destacou.
“Fomos especialmente agraciados pela palestra, ministra, pois trata-se de um tema atual e instigante”, apontou o diretor da Faculdade de Direito ao agradecer pela participação dele, “voz forte e poderosa em defesa dos valores basilares que sustentam a nossa Constituição Federal, como a democracia, dignidade da pessoa humana e as liberdades fundamentais”, completou Renato de Aguiar.