Indígenas registram atos de violência praticados na área das aldeias de Dourados
O ex-vereador Aguilera de Souza, uma das lideranças da Reserva Indígena de Dourados, registrou, no final da noite desta segunda-feira (6), pelo perfil que mantém no Facebook, cenas de violência praticada “contra o meu povo Guarani e Kaiova, aqui na área de retomada”, na divisa com o Tekoha Bororó.
Nas imagens, é possível ver um grupo de pessoas, ocupando duas caminhonetes, cercando uma tenda de sapé construída na área indígena. Em seguida, um dos homens desce do carro e ateia fogo contra a edificação.
“Por isso que sempre fui e sou favorável ao diálogo, pois o Governo Federal precisa ter um diálogo urgente, para buscar estratégia de solução para ambas as partes”, escreveu Aguilera.
O campo de Mato Grosso do Sul, precisa de paz “entre nós e os não Indígenas, essas atitudes de violência contra o meu povo, se não houver diálogo, pode resultar em uma guerra civil, por consequências da Lei da CF 231, que o próprio Sistema Federativo não quer fazer respeitar e cumprir”, aponta Aguilera.
O líder indígena se refere ao artigo 231 da Constituição Federal, que, sobre a questão indígena, diz o seguinte: “Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”.