Dourados

Morre em Dourados o “Carlão Raizeiro”

22 AGO 2010 • POR Elias Ferreira • 15h49

A cidade de Dourados perdeu neste sábado 21 de agosto) um dos personagens que já fazia parte de sua paisagem, principalmente do quadrilátero do centro bancário. Morreu, vítima de um infarto fulminante, Carlos Marinhas da Costa, de 59 anos, mas de uma vitalidade impressionante e dono de uma verdadeira legião de amigos. Com o nome de batismo, muita gente não o conhecia, mas como o “Carlão Raizeiro” ele era conhecido dentro e fora de Dourados.

Carlão tinha seu ponto de venda de produtos próximo ao antigo banco Sudaméris, ao lado agência Pé Quente,  franqueada dos Correios. Além de vendedor autônomo, Carlão era uma espécie de conselheiro e de guia para muitas pessoas que, antes de irem para o trabalho, paravam para ter nem que fosse "um dedo de prosa" com o ser que conquistava a todos com sua humildade e simpatia.

Carlão era goiano de nascimento, mas desde cedo buscou seu próprio espaço. Ele conheceu praticamente todas as regiões do Brasil, incluindo o extremo Norte. Mas sua andança parou em Dourados, há cerca de 25 anos, onde constituiu família junto com a dona Antonia e da união nasceram os filhos Helber e Eder.

Atencioso e simpático, Carlão tinha em sua carteira de amigos, gente de todas as profissões e camadas sociais.  Amigo de importantes profissionais da imprensa, acompanhava como poucos o noticiário local, principalmente  os programas nas emissoras de rádio e TV.  Carlão também atuava no esporte, incentivando principalmente as categorias de base.

Infelizmente, a partir desta segunda-feira, quando a cidade voltar ao normal depois do final de semana, a rua João Cândido Câmara, entre as ruas Joaquim Teixeira Alves e Onofre Pereira de Matos, não mais será a mesma, pois um de seus personagens não vai mais existir no plano terrestre.

O velório de Carlão está sendo na capela Bom Jesus, ao lado do cemitério Santo Antonio de Pádua, onde seu corpo será sepultado às 13 horas.