Haiti pode ser atingido por furacão na próxima sexta-feira
Um furacão já denominado “Tomas” poderá atingir o Haiti na próxima sexta-feira e, segundo a ONU, 500 mil pessoas poderão ser afetadas pela tempestade tropical.
Prevendo o desastre, a organização decidiu enviar alimentos e material de ajuda de emergência às áreas ameaçadas, enquanto as agências de ajuda humanitária trabalham nas atividades de recuperação do terremoto do início do ano e da recente epidemia de cólera.
As agências enviam material a acampamentos em todo Haiti, em alguns casos incluindo combustível suficiente para sete dias, já com o temor de um eventual bloqueio das estradas pelo furacão, informou o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Segundo o coordenador de atividades humanitárias no Haiti, Nigel Fisher, as agências de ajuda estão no limite.
A ONU precisa de 150 mil lonas, 90 mil sabonetes, 90 mil kits de higiene, 200 mil envelopes de sais reidratantes para tratar o cólera e 200 barracas de campanha para centros de tratamento de emergência da doença.
ABRIGO
Ontem (31), autoridades pediram a centenas de milhares de haitianos que estão vivendo nos campos de refugiados para buscar abrigo melhor enquanto o furacão Tomas atravessava o Caribe.
Tomas perdeu um pouco de força, voltando à categoria 1, depois de arrancar telhados e derrubar árvores e linhas elétricas em várias pequenas ilhas do Caribe. A tempestade deve manter a força nesta segunda-feira, mas pode recobrar intensidade amanhã (2) e tornar-se um furacão de categoria 3 ou 4 justo quando passar ao sul da República Dominicana e do Haiti.
Sob alguns modelos do caminho do furacão, Tomas pode virar para o norte e ir em direção ao Haiti até sexta-feira. Outras projeções preveem que o furacão vai mudar seu curso mais a leste na República Dominicana ou até ir para o oeste em direção à Jamaica.
Tomas, o 12º furacão do ano, estava mantendo velocidades de 150 km/h, segundo o centro de observações de furacões em Miami.
No Haiti, o governo e grupos de ajuda internacionais já lutam contra uma epidemia de cólera que já matou mais de 330 pessoas e deixou outras 4.700 doentes.