Futebol

Jogadores profissionais e árbitros não se entendem no amador

3 NOV 2010 • POR Renan Nucci • 12h17

O calendário limitado e curto da FFMS ( Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), obriga os atletas a saírem do estado ou procurarem alguma outra ocupação ao término de cada competição

É muito comum encontrarmos jogadores profissionais participando de campeonatos amadores em Dourados e região, para manter o ritmo de jogo e uma boa condição física.

Mas quem pensa que eles encontram moleza, está enganado, o meia Léo - defende as cores do Itaporã como profissional, e joga pelo Santo Antônio da Picadinha no amador - diz que além de adversário duros, eles também têm que se preocupar com a arbitragem. “É muito difícil jogar por aqui, parece que os árbitros têm birra com jogadores profissionais, eu e outros companheiros já sofremos várias represálias durante as partidas”, reclamou Léo.

O meia afirma que mal pode conversar com o “juiz” durante a partida, pois toda vez que tenta argumentar, é punido com cartão. “Não é fácil, a gente apanha o jogo inteiro, e quando tentamos nos defender, tomamos cartão amarelo. Não podemos nem tocar no adversário que o árbitro vem dizendo que estamos batendo na malandragem”, explicou o atleta.

Nildo é companheiro de Léo no profissional e no amador, ele diz que há muito tempo esse tipo de comportamento vem acontecendo. “Isso não é de agora, desde a Copa Grande FM, eu notei que os jogadores amadores falavam o tempo todo com o árbitro e não acontecia nada. É visível que eles são tratados de forma diferente, vou eu abrir a boca para ver o que acontece”, disse Nildo.

Por outro lado, o àrbitro Fabiano dos Santos, muito conhecido por apitar jogos de futsal e campo pela região, diz que isso é fruto da imaginação destes atletas. “Eles saem do profissional pensando que vão encontrar moleza, mas isso não acontece e acabam perdendo um jogo ou outro. Por conta disso colocam a culpa no árbitro para se isentarem de qualquer responsabilidade”, disse.

Fabiano termina dizendo que os jogadores amadores são tratados de maneira diferente pois são educados. “A maioria dos jogadores amadores chegam para fala comigo na boa, sem ofensas, por isso eu escuto e respeito a opinião deles, agora tem gente que chega gritando e ofendendo, é claro que não ouvir e, na minha condição de autoridade, vou punir para não perder o controle da partida”, concluiu.