Brasil

PMDB quer manter membros do grupo de transição com Dilma

14 NOV 2010 • POR Redação Douranews, com Terra • 20h00

O grupo de peemedebistas que assessora o vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB) no processo de transição do governo, integrado por Moreira Franco, pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima e pelo deputado federal Eliseu Padilha, deve continuar atuando durante os quatro anos do governo de Dilma Rousseff (PT). O objetivo seria "continuar a defender os interesses do partido", conforme Padilha.

Geddel e Moreira Franco são cotados para algum ministério, mas Padilha assegura que não pretende assumir qualquer cargo no governo federal, de forma a manter-se coerente. O deputado foi ministro forte na administração do tucano Fernando Henrique Cardoso e sempre se declarou como antipetista. Nas eleições de 2010, contudo, sua proximidade com Temer acabou fazendo com que não anunciasse posição em relação a disputa presidencial.

O PMDB defende que os partidos continuem na administração da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), com a mesma representatividade que possuem no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, segundo confirmou Padilha, as indicações serão exclusividade do partido, ao contrário do que, em alguns casos, chegou a acontecer no governo Lula.

Os casos em questão, no que diz respeito ao PMDB, são o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Eles, apesar de pertencerem ao PMDB e serem contabilizados como cota do partido, foram indicações do presidente Lula.

Se Dilma mantiver Meirelles e Temporão, o PMDB já avisou que vai reivindicar outros dois postos com pesos equivalentes no governo.