A área de saúde foi um dos setores considerados prioritários pela Prefeitura, a partir de outubro, quando assumiu o comando do Município a vereadora Délia Razuk, presidente da Câmara de Dourados, em função do impedimento do prefeito e do vice, denunciados pela Polícia Federal e que acabaram renunciando aos mandatos.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeita, uma intensa campanha de combate à dengue está sendo executada e os resultados já apareceram. O número de casos da doença caiu pela metade em novembro, graças às ações realizadas nos bairros por agentes de saúde e voluntários.

Também está sendo realizada uma campanha de cirurgias ginecológicas para atender cerca de 200 mulheres que em alguns casos esperavam pelo atendimento há dois anos. A meta é operar pelo menos 30 ainda neste ano. Mutirões nas áreas de oftalmologia e otorrinolaringologia também integram essa ação.

Duas das dez Unidades Básicas de Saúde que estavam em reforma há meses foram concluídas e entregues: a unidade “Archiduque Fernandes”, na Vila Hilda, e a “Julvis Arruda de Mattos”, no BNH 4º Plano, homenageando também expoentes da Medicina douradense.

Délia Razuk também determinou o início das obras de construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), custeada com recursos federais e contrapartida do município. A unidade já começou a ser construída em área de 1.300 metros quadrados cedida pelo município, na Rua Coronel Ponciano com Frei Antonio, no Jardim Terra Roxa.

O Ministério da Saúde liberou R$ 2,6 milhões para a construção da UPA e aquisição de materiais e equipamentos. A unidade terá capacidade de atender até 450 pacientes num período de 24 horas. Pelo menos seis médicos trabalharão em regime de plantão.

Gestão

A prefeita considera a má gestão dos recursos públicos como a principal causa dos problemas da saúde pública. “A demanda é cada vez maior e os recursos nunca são suficientes. Mas se o dinheiro destinado à saúde fosse bem aplicado, se o critério de contratação dos profissionais fosse apenas técnico e se o administrador tivesse uma preocupação maior com a população, certamente os problemas seriam menores e nossa gente não estaria sofrendo tanto”, avalia.

A mudança administrativa na Secretaria Municipal de Saúde incluiu a contratação de uma consultoria de Campo Grande para orientar a nova equipe. Mais médicos foram contratados para as unidades de saúde e a atual administração tomou medidas necessárias para colocar em funcionamento o novo aparelho de raio-X do PAM (Pronto Atendimento Médico).