Saúde

Saúde foi reestruturada pelo Governo do Estado

8 JAN 2011 • POR Redação Douranews, com Assessoria • 14h52
Hospital de Coxim recebeu investimentos de mais de R$ 12 milhões - Fotos: Rachid Waqued

Após quatro anos de trabalhos que organizaram e aparelharam a área da saúde em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado busca agora consolidar essas ações, que consistiram na entrega de hospitais, especialidades médicas ambulatoriais, odontológicas e reabilitação, além de compra de equipamentos, melhor treinamento das equipes, e aumento dos subsídios aos agentes comunitários de saúde.

A oferta de atendimento médico a municípios distantes desoneram a capacidade das unidades dos grandes centros, e o aumento significativo nos repasses de recursos aos municípios garante um setor mais estruturado.

Na avaliação da secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, a celebração do pacto pela saúde logo no início dessa gestão governamental, em 2007, trouxe benefícios importantes. “Isso juntou a União, os Estados e os municípios em torno de uma série de compromissos pela saúde e, entre eles, o financiamento tripartite. Essa foi uma marca importante do governo André Puccinelli nos primeiros quatro anos de governo”.

O Pacto pela Saúde citado por Dobashi é um conjunto de reformas institucionais pactuado entre as três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde, que inovam os processos e instrumentos de gestão. Um termo de compromisso de gestão, que é renovado anualmente, estabelece metas e compromissos a municípios, estados e União.

O aumento do repasse financeiro do governo estadual aos municípios cresceu vigorosamente. Segundo a secretária, dos R$ 16 milhões que foram destinados em 2006, o número saltou para R$ 70 milhões em 2009. “É um aumento de 300% e o repasse cresceu mais que isso em 2010. São obras, entrega de novos hospitais e novos centros ambulatoriais. Trabalho que deu estrutura ao sistema”, afirma Dobashi.

Para a secretária, o momento agora é de consolidação e avaliação das ações que foram iniciadas na primeira gestão. “Esse novo período será de treinamentos e aperfeiçoamento do pessoal, monitoramento e avaliação, bem como criação de indicadores para acompanhar os resultados”, diz Dobashi.

Hospitais

Ao melhorar a situação dos hospitais regionais os pacientes dessas localidades recebem tratamento rápido e perto de casa, enquanto os grandes centros não sofrem com superlotação. “O intuito é desafogar principalmente Campo Grande, mas também Dourados e Três Lagoas, que são as referências macrorregionais. Temos hoje 19 hospitais que estão nos municípios sede de microrregião e é neles que estamos investindo”, informa a secretária.

Foram concluídos pelo governador André Puccinelli quatro hospitais que tiveram obras iniciadas e não foram terminadas em gestões anteriores. O Hospital Regional de Coxim, com investimentos de R$ 12,6 milhões e o Regional de Nova Andradina, além dos municípios de Chapadão do Sul e Fátima do Sul, que contam com hospitais locais.

O Hospital Regional de Campo Grande recebeu nos últimos quatro anos mais de R$ 10 milhões de recursos em obras e a unidade de Ponta Porã passa por uma reforma total, devendo ser aberta à população em maio desse ano.

O trabalho sólido realizado propiciou articulação entre as redes de atenção à saúde, a atenção básica, ao ambulatório especializado e ao hospital. “Fizemos um refinanciamento dos hospitais de Três Lagoas e Corumbá e de todos os de Campo Grande e de Dourados. Isso mostra que temos investido muito na organização da rede de atenção, fortalecendo a atenção básica que, embora seja obrigação só dos municípios, o governo do Estado co-financiou e fortaleceu através de treinamentos de apoio técnico”, detalha Dobashi.

O Hospital Regional de Nova Andradina também recebeu investimentos

“Organizamos também as redes ambulatoriais especializadas, entregamos centros regionais em Aquidauana, Nova Andradina e em Ponta Porã, e estamos financiando em todos os outros municípios que são polo, de microrregiões ou atenção hospitalar”, resume.

Avaliação para investir certo

A prova de que os próximos anos serão de consolidação de um sistema estruturado pode ser visto nos resultados do Simpósio Internacional da Conferência Luso-francófona da Saúde (Colufras). O evento, realizado em novembro deste ano em Campo Grande, reuniu 400 profissionais e pesquisadores de Portugal, França, África, Canadá e Brasil, e selou uma cooperação entre o estado de Mato Grosso do Sul e uma universidade do Canadá, que irá avaliar os hospitais do Estado.

Na ocasião, Dobashi explicou que o acordo vai propiciar o treinamento de funcionários que atuam na administração pública da saúde. A conferência terminou com saldo positivo porque discutiu prioritariamente a questão da avaliação. “Isso é importante principalmente porque estamos exatamente neste momento de avaliar os nossos hospitais, separando-os em dois grandes grupos: os de referência microrregional, e aqueles locais, que dão apenas suporte e atenção básica. Pra isso é importante esta análise profunda a respeito das necessidades, do desempenho, que é para o governo do Estado ter uma conduta bem clara, objetiva e efetiva nesses hospitais locais e os de médio e grande porte”, finaliza a secretária.