Dourados

Aparecimento de escorpiões preocupa no Parque Alvorada

27 JAN 2015 • POR Redação Douranews • 17h29

Os moradores do Parque Alvorada estão preocupados, principalmente as famílias que tem filhos pequenos e animais domésticos. O aparecimento de animais peçonhentos, como escorpiões, despertou apreensão dos moradores, tendo em vista que em menos de um mês seis escorpiões foram localizados por três famílias. O número dos peçonhentos pode ser ainda maior.

Segundo moradores mais antigos, a aparição dos aracnídeos é bem mais frequente do se imagina e já se estende há um bom tempo. De acordo com a coordenadora do CCZ (Centro de Controle Zoonoses) de Dourados, a bióloga Rosana Alexandre da Silva, incidências com escorpiões podem ocorrer o ano todo, entretanto, a primavera e o verão são estações com maior incidência por serem estações reprodutivas de várias espécies. “Uma das formas de se evitar o escorpião é acabando com a oferta de alimento, como as baratas, por exemplo, um dos preferidos deles”, explicou.  

De acordo com a Rosana, a dedetização e uso de inseticidas tem baixa eficácia contra o escorpião, servem apenas como desalojadores dos peçonhentos. Para ela, uma das alternativas de eficácia é o “zelo pelo ambiente, interno e externo, criando dificuldades para que escorpiões e outras pragas urbanas se estabeleçam, concentrando esforços em ações que dificultem os chamados 4 "A" necessários a qualquer praga: ALIMENTO, ABRIGO, ACESSO E ÁGUA”.

A bióloga indica que os animais encontrados devem ser encaminhados ao CCZ para instrução, análise e identificação do espécime. Os sintomas comuns da picada do escorpião causam dor intensa, febre, sensação de ardência ou agulhadas e inflamação. Nos casos mais graves, pode acarretar aumento da frequência cardíaca, suores, enjoos, dificuldade para respirar, queda de pressão. Geralmente, as crianças ficam inquietas e apresentam movimentos descoordenados.

Além dos escorpiões, os caramujos também aparecem incomodando a população. Uma praga urbana que pouca gente sabe combater. São seres asquerosos e que invadem as residências, podendo transmitir sérios problemas de saúde, como meningite, por exemplo. O Caramujo Africano foi trazido para o Brasil de forma ilegal  como alternativa mais rentável para substituir o escargot, um molusco apreciado na França como uma iguaria gastronômica. 

A coordenadora do CCZ comenta os reais riscos oferecidos pela espécie e esclarece quais cuidados devem ser tomados pela população.

É preciso todo o cuidado ao manusear os moluscos encontrados livres no ambiente, que em hipótese nenhuma devem ser ingeridos.  Além disso, deve-se lavar bem as hortaliças e deixá-las de molho em uma solução de hipoclorito de sódio a 1,5% [uma colher de sopa de água sanitária diluída em um litro de água filtrada] por cerca de 30 minutos, antes de serem consumidas.

Por onde passa, deixa uma secreção e se estiver contaminada por microorganismos pode afetar o sistema nervoso central do homem, causando cegueira e meningite. O contato com o caramujo também pode provocar problemas intestinais graves. A bióloga explicou que o número de caramujos aumenta sempre depois das chuvas e a melhor forma de controle é mesmo pegá-los com as mãos, desde que estejam com luvas.  

Fonte: 94 Fm