Saúde

HU economiza com sistema de arquivamento digital de exames

31 JUL 2015 • POR Redação Douranews • 18h56

Já está em funcionamento no HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) o Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (PACS, na sigla em inglês para Picture Archiving and Communication System), uma tecnologia que oferece armazenamento digital e fácil acesso a imagens de várias modalidades, geradas por diferentes tipos de máquinas utilizadas para exames e diagnósticos.

O PACS é constituído por um conjunto de computadores, periféricos e aplicativos que podem ser conectados a diversos equipamentos digitais, como ultrassom, raio-X, tomografia etc. O sistema interliga os aparelhos e permite que médicos e demais integrantes da equipe assistencial visualizem as imagens resultantes dos exames realizados no hospital.

Na primeira etapa de implantação, o acesso ao PACS foi liberado às UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Adulto, Pediátrica e Neonatal. A segunda etapa, já em execução, vai liberar o acesso nas enfermarias e na Maternidade, configurando 100% de acesso para a área assistencial dentro do hospital. A terceira etapa de implantação do PACS, também já iniciada, será a liberação de acesso para os ambulatórios.

Tecnologia livre

Para implantar o sistema, o Setor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação do HU optou pela adoção de tecnologia livre (open-source software), seguindo uma política de austeridade e gestão racional de recursos, na busca de soluções adequadas a necessidades específicas.

Além de gerar economia imediata por não ser necessário comprar programas ou pagar licenças, o uso de tecnologia livre, com softwares abertos, permite que os programas sejam modificados de acordo com a necessidade do usuário.

Com o acesso ao PACS em 100% do hospital, a impressão dos exames em filmes radiológicos, gradualmente, deixará de ser feita gerando uma economia de pelo menos 50%, pois passarão a ser impressos apenas os exames que se destinam ao público externo.

Para essa previsão de reduzir os custos pela metade, a Unidade de Apoio e Diagnóstico por Imagem considera que, do volume de aproximadamente dois mil exames realizados por mês, cerca de mil são solicitações internas. O restante chega pelo Sisreg (o Sistema de Regulação) do SUS (Sistema Único de Saúde).

Além de menos despesas com insumos, o armazenamento digital também tem vantagens como a diminuição do risco de repetição de exames por conta de perda ou falhas na transposição da imagem para a película e menos poluição no meio ambiente, pois os produtos utilizados na impressão dos filmes radiográficos não são biodegradáveis.

"Essa não é uma iniciativa única no HU da UFGD. Outros HUs, como os do Piauí e o do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da UFMS, já estão usando ou estudando esta solução. Como somos uma rede de hospitais, trocamos informações a respeito de boas práticas que podem ser aproveitadas. Esse projeto não acaba em si mesmo, mas abre oportunidades para outras iniciativas e o trabalho em equipe é fundamental para alcançarmos estes objetivos", considera o chefe do Setor deTI, Wesley Eduardo Ferreira.