Economia

Empréstimos ficam mais caros e oferta diminui

10 FEV 2011 • POR Redação Douranews, com R7 • 21h52

Os consumidores estão pagando mais pelos empréstimos neste ano, com a diminuição da oferta de crédito, segundo dados apresentados nesta quinta-feira (10) por Carlos Hamilton Araújo, diretor de política econômica do BC. 

A taxa média de juros para o crédito pessoal passou de 40,3% ao ano, em 6 de dezembro de 2010, para 49,4% ao ano, em 26 de janeiro deste ano. No mesmo período, a média das concessões de crédito pessoal passou de R$ 708 milhões para R$ 571 milhões.

A taxa média de juros para a compra de veículos cobrada pelos bancos das montadoras passou de 19,2% ao ano para 23,1% ao ano e as concessões caíram de R$ 79 milhões para R$ 50 milhões.

No caso dos demais bancos, a taxa média de juros para a compra de carros passou de 22,9% ao ano para 27,7% ao ano, com queda nas concessões de R$ 567 milhões para R$ 315 milhões.

Segundo a apresentação do diretor, “a dinâmica recente de prazos, preços e volume de concessões sugerem eficácia das ações  introduzidas no início de dezembro, como elemento de contenção da demanda agregada (ou seja, da procura intensa de crédito por parte dos brasileiros)”.

Freio na grana

Em dezembro, o BC anunciou medidas adotadas para reduzir a liquidez no mercado financeiro e inibir o surgimento de trajetórias de crescimento do crédito não sustentáveis. 

O BC aumentou a exigência do requerimento de capital das instituições financeiras de 11% para 16,5%, para a maioria das operações de crédito a pessoas físicas. Isso significa que, para cada R$ 100 emprestados, o banco deverá ter R$ 16,5 e não mais R$ 11 para arcar com riscos.

A medida estabeleceu que, para empréstimo com prazos mais longos, principalmente para a compra de veículos, os bancos terão que reservar mais recursos para cobrir riscos.

Também foi anunciado o aumento de alíquotas de depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar no BC, e assim não podem usar o dinheiro para emprestar aos clientes.