O Tribunal Superior do Egito confirmou que dez pessoas serão condenadas a morte por conta da tragédia no estádio de Port Said que matou mais de 70 pessoas durante uma partida de futebol no país em 2012. O massacre, iniciado após torcedores do time da casa, o Al Masry, terem invadido o campo para linchar os jogadores do Al Ahly (apesar da vitória de 3 a 1), foi considerado um dos mais graves da história do futebol.
Além deles, uma pessoa condenada inicialmente escapou da pena de morte e terá que cumprir prisão perpétua. Outras 39 ficarão entre 15 e cinco anos na cadeia, entre elas o chefe de segurança do estádio. As acusações envolviam assassinato e tentativa de assassinato, e os condenados não poderão mais recorrer.
O massacre
O tumulto aconteceu depois de as torcidas do Al Ahly e do Al Masry trocarem provocações durante jogo entre as equipes e invadirem o gramado. De acordo com testemunhas, a maioria das mortes foi de pessoas pisoteadas pela multidão ou que caíram das arquibancadas em meio à confusão. Alguns atletas do Al Ahly chegaram a ser agredidos por torcedores.
Os graves distúrbios ocorridos após a partida pelo Campeonato Egípcio deixaram 74 pessoas mortas e centenas de feridos à época. Na época, a federação local suspendeu os jogos da Primeira Divisão do país. Em outro jogo, no Cairo, o árbitro decidiu interromper a partida quando soube da confusão em Port Said. Foi o bastante para os torcedores também protagonizarem cenas de violência incendiando parte do estádio.