O corpo do ex-jogador e capitão da seleção brasileira no tricampeonato mundial de futebol de 1970, Carlos Alberto Torres, foi sepultado hoje (26) no Cemitério de Irajá, na zona norte do Rio. “Capita”, como ele era conhecido, morreu ontem (25), aos 72 anos, de um infarto fulminante. O velório foi realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CNF), na Barra, também na manhã de hoje.
Mais de 200 pessoas participaram da cerimônia, que teve muitas homenagens ao ex-craque. O antigo meia da seleção de 1970, Paulo César Caju, lamentou a morte do amigo. "É uma perda irreparável, para o futebol brasileiro e mundial. Ele era extremamente diferenciado. É uma pena que muitos jogadores que vestem a camisa da seleção hoje não tenham se manifestado a respeito. É uma falta de consideração por um dos pilares de uma geração que é reverenciada até hoje", lamentou.
Já o técnico Carlos Alberto Parreira, tetracampeão em 1994, disse que, antes de tudo, lamentava a perda de um amigo. “O legado dele é imortal e jamais será esquecido. Ele está, sem dúvidas, no patamar dos deuses do futebol. E isso é para poucos", elogiou.
O aposentado Sidney Matos, torcedor do Fluminense, clube onde Carlos Alberto Torres começou a carreira, disse que o atleta "foi o melhor lateral que vi no Fluminense e no futebol mundial. Vê-lo jogar era um prazer. Tinha muita classe, técnica e habilidade. Hoje em dia não vemos mais isso".
Torres também jogou pelo Santos, Botafogo, Flamengo e New York Cosmos. Além disso atuou como técnico, posto com o qual conquistou o Campeonato Brasileiro de 1983, pelo Flamengo, o Campeonato Carioca pelo Fluminense, em 1984, e a Copa Conmebol, pelo Botafogo, em 1993. Ultimamente, trabalhava como comentarista no canal Sportv.