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Idosa que mora em abrigo é a primeira vacinada no Rio

18 janeiro 2021 - 22h03

Moradora do abrigo Cristo Redentor, Terezinha da Conceição, de 80 anos, foi a primeira pessoa vacinada no Rio. Ela recebeu uma dose do imunizante contra o vírus da covid-19 por volta das 18h20 desta segunda-feira, 18, junto ao Cristo Redentor. Terezinha, que estava em vulnerabilidade social e foi acolhida ao abrigo em 2015 após sua residência ter sido demolida pela Defesa Civil, recebeu a vacina de Adélia Maria dos Santos, que é servidora pública municipal da Saúde desde 1979 e foi uma das fundadoras do Programa de Imunização da cidade. Além de Terezinha, a técnica de enfermagem Dulcineia da Silva Lopes também recebeu uma dose da vacina em frente ao monumento. Ela, que tem 59 anos, atua desde o início da pandemia na linha de frente no Hospital Ronaldo Gazolla, que é referência no combate à covid-19 no Rio. Apesar de todo o simbolismo de se aplicar a primeira vacina do Rio junto ao Cristo Redentor, os alertas das autoridades públicas de que as medidas de distanciamento social devem continuar não foram seguidos. Dezenas de jornalistas e convidados acabaram se aglomerando no local. E não houve verificação da temperatura. Vacinação - A cerimônia no alto do Morro do Corcovado só foi possível após um esforço de logística do governo do Estado, após o plano de transporte inicial ter falhado. Ao todo, dez caixas de imunizantes já estão no Rio. Todas as 487,5 mil doses previstas para o Estado devem chegar até o meio-dia desta terça. A previsão é de que os 92 municípios comecem a vacinação na quarta, segundo informou o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC). Na capital fluminense, o primeiro lote de vacinas será destinado a 34% dos profissionais de saúde do município - grupo formado por aqueles que atuam diretamente na linha de frente no combate à covid-19 - e a idosos de dez instituições de longa permanência. A previsão da prefeitura é de que as primeiras 110 mil vacinas sejam aplicadas em até quatro dias. Vale ressaltar que, neste primeiro momento, ninguém deve procurar postos de vacinação. Isso porque os imunizantes serão enviados diretamente às unidades de saúde onde atuam os profissionais do grupo prioritário e às instituições para idosos. A vacinação pública começará apenas quando novas cargas com vacinas chegarem ao Rio.

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