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Lamia - Advogado diz que funcionária boliviana não teve direito de defesa

03 janeiro 2017 - 20h22

O advogado Guido Colque, que defende a funcionária da Aasana Celia Castedo, acredita que a sua cliente não teve o direito de se defender na Bolívia. Celia foi quem alertou os problemas no plano de voo da Lamia para Medellín, com a equipe da Chapecoense, que acabou com a morte de 71 pessoas.

Guido Colque afirma que, no mesmo dia em que a sua cliente recebeu a notificação da direção da Aasana para se defender, também foi acusada no Ministério Público. Por isso, diz que Celia Castedo deixou seu país e está no Brasil.

- O problema é que, na Bolívia, não existe uma segurança jurídica. Não existe o processo devido. O direito de defesa da senhora Celia foi negado. É por isso que, em um mesmo dia, em um curto tempo, foram criados dois processos. Um processo administrativo, no qual se poderia atribuir a ela alguma responsabilidade administrativa. Depois desse, horas mais tarde, apresenta-se uma queixa-crime ante o Ministério Público, com a finalidade de encarcerá-la, de levar presa a senhora Celia - disse o advogado, em entrevista ao SporTV.

Guido Colque voltou a afirmar que Celia Castedo não tinha autorização para impedir que o voo da Lamia decolasse. Segundo o advogado, a responsabilidade era da DGAC (Direção Geral de Aviação Civil).

- Eu quero esclarecer, nesta situação, que existem duas instituições que precisam ser investigadas. Uma é a DGAC, a outra é Aasana. A senhora Celia já explicou que a Aasana apenas presta serviços aeroportuários. A entidade que outorga uma permissão, o ingresso, a saída, a autorização, é a DGAC. Necessariamente, o governo boliviano ou qualquer outra autoridade deveria investigar primeiro a DGAC, por ser esta entidade que autoriza o ingresso ou a saída do voo.

O acidente aéreo aconteceu no dia 29 de novembro de 2016, quando a Chapecoense viajava para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. O avião da Lamia chocou-se contra uma serra, já perto da cidade de Medellín. Das 77 pessoas no voo, entre jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e funcionários da empresa aérea, apenas seis sobreviveram.

 

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