A deputada Liz Cheney, terceira na hierarquia republicana na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira, 12, que votará a favor do prosseguimento do processo de impeachment de Donald Trump na Casa. "Nunca houve uma traição maior por parte de um Presidente dos Estados Unidos ao seu cargo e ao seu juramento à Constituição. Vou votar pelo impeachment do presidente", anunciou em comunicado. Liz Cheney indicou que o que se sabe até agora é "suficiente" para entender que os eventos no Capitólio de Washington não seriam possíveis sem o apoio de Trump. Mais cedo, John Katko foi o primeiro republicano a fazer anúncio semelhante. Ambos possivelmente irão se unir a pelo menos 218 deputados democratas, que devem votar a favor do prosseguimento do processo de impeachment na Câmara dos Representantes nesta quarta-feira (13). Nesta fase, uma maioria simples dentre os 435 deputados basta para a aprovação, que depois segue ao Senado. Na Câmara Alta, a aprovação depende de dois terços dos 100 votos, e é preciso de um apoio republicano para prosseguir. Em 2020, o primeiro processo de impeachment contra Trump foi barrado pelos senadores de seu partido no Senado. Desta vez pode ser diferente, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell afirmou a pessoas próximas acreditar que Trump cometeu atos que são passíveis de impeachment, de acordo com o New York Times. McConnell afirmou às fontes estar satisfeito de que os democratas trabalham para derrubar o presidente, por acreditar que isso facilitará a perda de influência de Trump no Partido Republicano. As movimentação na Câmara dos Representantes abrem espaço para que membros do partido no Senado tomem caminho semelhante. A pressão pela via do impeachment tende a crescer após o vice-presidente, Mike Pence, anunciar que não irá invocar 25ª Emenda da Constituição para afastar Trump.