O empresário Benjamim Barbosa, responsável pelo comando do Sete de Dourados no futebol profissional, disse ontem (9) que está repensando o futuro do time para a temporada que deverá se iniciar na segunda quinzena do próximo ano.
Benjamim Barbosa entende que além do apoio do Poder Público e do empresariado, os dirigentes dos clubes do interior, principalmente, terão que receber também a contrapartida da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) e do Governo do Estado para montarem times em condições de brigar por títulos.
Com relação às equipes da região da Grande Dourados, Conesul e Vale do Ivinhema, o empresário diz estar apreensivo com o futuro, pois um campeonato estadual sem o Itaporã, Naviraiense, Águia Negra, Ivinhema entre outras, como se cogita, fará com que os torcedores que já conquistaram se afastem dos estádios.
“Não sei como será o futuro destas equipes, mas se elas se afastarem do campeonato, com certeza o futebol profissional de nosso Estado será um retrocesso. Infelizmente o nosso futebol tem de andar lado a lado com o apoio da classe política e espero que os novos prefeitos continuem dando o apoio para estas equipes. Nos últimos anos foi possível aos torcedores acompanharem grandes embates no futebol profissional no interior do Estado, principalmente, porque tivemos esse apoio. Não imagino um campeonato sem um clássico como Ivinhema e Naviraiense, um Sete e Águia Negra, um Itaporã e um Urso de Mundo Novo, enfim, entendo que estes grandes clássicos do futebol do interior não podem morrer, deixar de existir por falta de apoio da classe política de suas cidades”, analisou Benjamim.
O ano de 2012, em que pese o Sete de Dourados não ter ido mais longe na competição que foi conquistada pelo Águia Negra de Rio Brilhante “por “detalhes”, como definiu,o empresário diz que politicamente a cidade vive um ótimo momento, principalmente porque a população manteve o prefeito Murilo Zauith no poder e levou para a Câmara Municipal jovens que gostam de esportes, em especial, o futebol, e isso poderá fazer com que o futebol profissional por meio da sua administração possa ter um grande reforço em termos de apoio.
Ele destacou o bom relacionamento mantido “com o Murilo e o Waltinho” [referindo-se ao prefeito e ao atual secretário municipal de Finanças, Walter Carneiro Junior], bem como a credibilidade conquistada junto a alguns empresários “que sempre nos deram suporte para colocarmos a equipe em campo”. O empresário espera conseguir montar uma equipe para buscar o tão sonhado titulo, conseqüentemente uma das vagas para a Copa do Brasil e também para a série D do Brasileirão.
Investimentos
Para a montagem de um plantel forte para conquistar o titulo, o empresário diz que a folha de pagamento deverá alcançar no mínimo em R$ 700 mil pela temporada, o que daria em média R$ 140 mil por mês. “Temos que trazer um técnico que se identifique com a cidade e que tenha em mãos uma comissão técnica profissional e responsável, tanto para atuar na preparação física do grupo assim como um preparador de goleiros e no mínimo de seis e no máximo 15 jogadores de sua extrema confiança e isso com certeza custará dinheiro. Tenho este nome na cabeça, mas para que possa começar a montagem da equipe no máximo no início de dezembro, tenho que ter a garantia de que terei o mesmo apoio ou mais do que tivemos nestas duas temporadas passadas” disse Benjamim Barbosa.
Nos próximos dias o dirigente pretende agendar um encontro com o prefeito e os vereadores para apresentar a eles o projeto do Sete de Dourados para o ano que vem. “Dos novos vereadores espero contar com o apoio do Maurício Lemes, do Alan Guedes e do Juarez, para que por meio deles possamos contar com uma forte bancada na Câmara, e junto com os demais vereadores e o prefeito e os empresários, possam nos ajudar a fortalecer o futebol profissional de nossa cidade”.
