O Trem de Alta Velocidade entre Campinas, São Paulo e Rio, que já é o projeto mais caro da história do País, pode ter um custo ainda maior do que o previsto pelo governo, R$ 33,1 bilhões.
Para um grupo de empreiteiros paulistas, o TAV não sairá por menos de R$ 53 bilhões, o que significa um salto de 60% em relação ao valor aprovado pelo Tribunal de Contas da União para o leilão do projeto.
Os cálculos são da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), e, segundo o presidente da entidade, Luciano Amadio, foram entregues ao BNDES no fim de fevereiro.
Nas contas do grupo, que também se articula para participar do leilão, só de obras civis serão gastos cerca de R$ 45 bilhões. “Dimensionamos algo entre 25 mil e 27 mil funcionários, sete canteiros de obras e 1,6 mil frentes apenas de fundações para a via do trem”, afirmou Amadio.
Os R$ 7 bilhões ou R$ 8 bilhões restantes do total estimado pela Apeop são referentes aos trens e equipamentos de infraestrutura para o funcionamento do TAV.
O governo trabalha com o valor de R$ 33,1 bilhões para o projeto, sendo que 70% são para os gastos com as obras civis. Até o momento, este é o valor máximo estipulado para o leilão, marcado para o fim de abril.
Vale ressaltar que pelo menos um consórcio, o coreano, já manifestou interesse em participar da concorrência com estes valores.
Já para Amadio, além dos financiamentos do BNDES e da participação dos fundos de pensão, o governo terá de investir mais do que se mostrou disposto até o momento, seguindo um padrão adotado em outros trens de alta velocidade em funcionamento no mundo, que é o de maiores subsídios.