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ERMINIO GUEDES

A metáfora eleitoral

04 agosto 2022 - 13h33Por Redação Douranews

Esta eleição de 2022, não será uma disputa ideológica, mas de racionalidades. De um lado, um capitão reformado, depois de expulso do exército, militante da extrema direita, portador de parca inteligência, baixa capacidade cognitiva e saudoso do regime militar. Sujeito com forte inclinação autoritária populista, antidemocrática, discriminatória, elitista e de perseguir adversários, através de milícias cibernética e outras. De outro, um conjunto de partidos apoiando o candidato que pode restaurar a democracia e o estado de direito no País, através do desenvolvimento sustentável.

A Guiomar, protagonista de Machado de Assis, é a metáfora. Escolher o que melhor encaixar na sua luva de ambições, que melhor atende aos seus interesses, como escreveu Alberto Carlos e Garrido, no Livro “A mão e a luva, o que elege um presidente” (Record). Os autores, na verdade, falam da inflação como determinante numa eleição. De fato, um indicador multifatorial da gestão pública fracassada, quando o governo afunda a coordenação administrativa e econômica do País. Se tiver mal, ganha o desafiante. Se tiver bem, vence a situação. Em outras palavras, quando o governo é incompetente e faz tudo errado, ele perde e não adianta gritar e ameaçar.

A meu ver, a eleição de 2022, está definida. Ganha Lula. Não tanto pela inflação, mas pelo que ele representa ao combate da fome, desemprego e falta de renda às famílias. Os pobres querem voltar à qualidade de vida que tinham e os ricos trabalhar na sexta economia do mundo. Ambos, em comum, querem democracia e pleno estado de direito e não mais sofridos retrocessos.

Pode surgir fato novo? Claro (brinco), só se matar Lula. Mesmo assim, o PT ganha com qualquer candidato. Deve ser por isso que Jair Bolsonaro anda desesperado e manobrando para não ser preso depois de sair da imunidade, com ameaças de matar ou morrer antes da prisão. Claro, com os crimes que cometeu, seu futuro não é nada animador.

Bolsonaro tem contra si a bandeira perdida de “governo sem corrupção”. Pesquisa da Data Folha de 28/07/2022 mostrou que 75% da população sabe que seu governo está atolado na corrupção. Não é para menos, afinal orçamento secreto com 100 anos de segredo é fichinha perto de qualquer outro processo, sem chances de ser superado.

O fato novo! Depois da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito , lançada pela Faculdade de Direito da USP, replicando a Carta de 1977, ecoou um sonoro “Estado de Direito já!”.  E enterrou sonhos golpistas da farda de plantão.

O “Centrão”, com certeza, já botou as barbas de molho. Afinal, nenhum louco cheira o fogo. Assim como, candidatos reacionários se descolarão da narrativa suicida e, espertos como são, rapidamente se ajustam no pensamento estratégico antecipatório ao novo mundo, que se iniciará no Brasil, em 2023, alinhado na diplomacia internacional, com países signatários na ONU. O país deixará se ser mediocre para ser respeitado.

A última bala reacionária é pregar golpe de estado no 7 de setembro e acelerar Lula contra os ricos e contra o Agronegócio. Ledo engano. O capital não tem partido, tem interesses. Os empresários, de olho na economia, já fizeram a leitura dos cenários. A indústria racional quer matéria prima verde, o agronegócio quer viabilidade perante as “aves de rapina” e a população conforto para viver bem. Lula, apoiando o mercado interno e a economia de exportação, alavancará tudo isso, como fez no passado.

A dor do luto ensina e o que estamos presenciando é a verdadeira catarse, purgando o que é estranho à essência humana, arrependida pelo que fez de errado.

Pensamento estratégico – Descarbonizar a Economia e reincluir excluídos de Bolsonaro no orçamento público!

Pensem nisso!

* Consultor/Sustentabilidade