Em tempos onde ‘nada se cria, tudo se copia’, como já profetizou o cientista francês Antoine-Laurent de Lavoisier com o ensinamento original de que “na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, Dourados também tem a sua Boca Maldita.
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Enraizada no centro da cidade – na esquina das ruas Cuiabá com Independência, bem a propósito, a primeira nome da nossa eterna capital, do Mato Grosso, e a outra, o sonho de 200 anos atrás, a panificadora Pão Dourado é o ‘point’ onde nascem os assuntos que vão girar o dia-a-dia.
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É na ‘nossa boca’, por exemplo, que o casal Roberto e Délia Razuk costuma tomar o primeiro café do dia, sempre por volta das 5h30 da manhã, recepcionados pelo dono do local, Everaldo Dias, como mostra a imagem. E dali já nascem as primeiras informações que vão ocupar o ‘noticiário virtual’ dos que vem a seguir...
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...entre eles, não necessariamente nessa ordem, Ferrinho [ex-vereador], Cidão [chefe do Detran], Reginho [ex-chefe da antiga Empaer, hoje Agraer], Nunes [presidente da União de Associações de Moradores dos bairros], Barbosinha [deputado estadual e candidato a vice-governador], Cemar [vereador]... e por aí vai!
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Sobre o tema:
A Boca Maldita, no centro de Curitiba, conhecido como local de passagem de milhares de pessoas no dia-a-dia, se notabilizou no final da década de 50, quando alguns profissionais, políticos e empresários das mais diversas áreas – todos homens – se reuniam no local para jogar conversa fora, falar sobre o desenvolvimento da cidade e o cenário político do país. Nos encontros do grupo eram abordados os mais diversos temas, principalmente aqueles que eram destaques nos jornais da época.
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A Boca Maldita foi palco do primeiro comício das Diretas-Já e da caminhada dos cara-pintadas do Fora Collor, um ponto de encontro usado para protestar, comemorar ou discutir os assuntos da cidade e do estado. E essa tradição se mantém até hoje, o local ainda recebe reuniões políticas, sociais e culturais.