Lula vencerá Bolsonaro em 2022, por razões simples da sensibilidade humana à situação que vivemos. Lula será reeleito pelo que fez pelo povo e porque tem Bolsonaro como melhor cabo eleitoral. Bolsonaro se elegeu na onda “lavajista midiática” e assumiu com expectativas, mas colocou tudo a perder, na estupidez do que faz. O povo sabe diferenciar isto:
Lula incluiu os pobres no orçamento público - Bolsonaro os excluiu, aumentando a desigualdade, pobreza e a fome.
Lula é generoso no sofrimento do povo - Bolsonaro é delírio negacionista, mesmo depois de 500 mil mortes, combate o combate a Covid -19.
Lula fez políticas de saúde, em quantidade e qualidade do atendimento - Bolsonaro reduziu orçamento, criou a crise sanitária da Covid – 19, no genocídio da história.
Lula elevou o salário mínimo e o poder de compra das famílias – Bolsonaro reduziu direitos e o poder de compra do assalariado, na enrustida e surda inflação.
Lula fez políticas de inclusão social e de igualdade racial – Bolsonaro é racista e discrimina negros, indígenas e pessoas pobres.
Lula fez políticas para a mulher – Bolsonaro confirmou lado perverso do machismo estruturado na misoginia, sexismo, racismo e agressão a jornalistas mulheres.
Lula criou políticas para “pessoa idosa” – Bolsonaro condenou a “pessoa idosa” a esperar até morrer, aposentadoria que não veio.
Lula fortaleceu o mercado interno, criou emprego e assistiu ao povo - Bolsonaro priorizou a economia exportadora, com desemprego e preços inflados.
Lula investiu na educação e criou universidades para atender pobres - Bolsonaro reduziu orçamentos, fez intervenções indevidas e força universidades a fecharem.
Lula combateu desmatamento e queimadas – Bolsonaro é anti-ambientalista, desmontou estruturas de gestão e abriu a porteira ao crime ambiental.
Lula criou legislações e fortaleceu a Polícia Federal para combater a corrupção – Bolsonaro interviu na PF para não avançar investigações dos próprios interesses.
Enfim, Bolsonaro entrou em areias movediças e quanto mais asneiras fala, mais afunda. Político nenhum se agarra em náufrago, ao contrário, escapa da morte. Portanto, ficará sozinho na sua seita radical movida por Fake News. Considerar que essa prática já está bem manjada e só entusiasma a sua legião robotizada. As pessoas já cansaram de mentiras.
Bolsonaro desencanta no calote eleitoral. Não cumpriu o que prometeu: corrupção, hoje está rodeado dela; envolvido no “toma lá dá cá”, do centrão; vive de sonhar golpes à democracia; entre outros desvios. A rigor Bolsonaro só cumpriu com militares, bancada ruralista e especuladores. Militarizou o governo com pijamas e aumentou benesses aos militares. Atendeu a bancada ruralista na desregulamentação ambiental, opção pela economia de exportação e abandonou o mercado interno. Fez do câmbio o orgasmo de especuladores, no dólar alto. De janeiro de 2019 a 20 de junho de 2021, o dólar valorizou em 34,79% e a taxa de câmbio subiu 45,88% até abril de 2021. Na prática, o Real perdeu 45,88% do poder de compra em relação ao dólar, na inflação estruturada e negada de 1,53%/mês.
Com razão, bancada satisfeita porque o dólar eleva preços das commodities e a China faz estoques reguladores, daí o agronegócio de vento em popa. Mais, o governo abriu a porteira a infratores, nacionais e internacionais, incluídos parlamentares de todos os graus, não se importando se o País virar o cemitério do extermínio ambiental.
Soja, milho ou gado na Amazônia Legal, não seria problema se a lei fosse cumprida, afinal o agronegócio é estratégico à economia nacional e não precisa da rapinagem ambiental para obter resultados. Os decentes não podem pagar pelos infratores.
O que se quer é a Amazônia não virar território de grileiros e do ativismo extrativo criminoso, nem de milícias ambientais, verdadeiras aves de rapina, comendo o Bioma. O cruel é o comportamento governamental sinalizando conivência ao crime ambiental. Não esqueço o “dia do fogo” de 2019, quando malfeitores demonstraram levar a sério as promessas de campanha de Bolsonaro. De fato, no ritmo do desmatamento da Amazônia, não demora e o Estado do Pará, que já é crematório, será cemitério ambiental, como já é hoje parte considerável do Mato Grosso amazônico.
A propósito, a líder ruralista, Senadora Katia Abreu declarou: “A gestão ambiental do governo é um problema para nós produtores rurais”. Ela se referiu a maioria que cumpre as leis. A Senadora sabe que queimar a Amazônia e o Cerrado é um problemão à agricultura, pois os rios voadores secam e os riscos às colheitas aumentam. Sem chuvas no Centro Oeste, o berço das águas entra em colapso nas principais bacias hidrográficas do País (Araguaia, Paraguai, S. Francisco, Tocantins e parte da Amazônia), como já ocorre nas represas secas e o preço da energia nas nuvens.
Desempregados e subempregados estão desesperados. Gás de cozinha consome 12% do salário mínimo, 30% vai na energia + água e ao kit sobrevivência sobra R$ 500,00, para arroz (R$ 5,00/Kg), feijão (R$ 9,00/Kg), carne (R$ 40,00/Kg) e óleo de soja (R$ 9,00/l). Como manter a família de 3 pessoas? Significa morar, comer, vestir, higiene, saúde e escola, com R$ 17,00/dia, ou R$ 6,00 per capita/dia - plena miséria. Lembrar que a ONU define a pobreza na renda per capita de U$$ 3,00/dia e a extrema pobreza em U$$ 1,00/dia.
Pergunto, de sã consciência, alguém sobrevive nessa situação e pode estar conforme na fome e no governo Bolsonaro? São quase 60 milhões de brasileiros na pobreza.
Evidente, há o time dos que crescem na crise e apoia o governo. Os beneficiários do modelo Paulo Guedes - continuar a indecente acumulação, transferindo renda dos pobres para os mais ricos. A propósito, na lista dos bilionários da Revista Forbes, 2021, o número passou de 45 para 65 brasileiros ricaços, com patrimônio superior a U$$ 1 bilhão. Ou seja, na crise só perde quem não tem o que perder e ganha quem deveria contribuir ganhando menos. Só isso, já justifica tributar diferente o capital patrimonial. Até aqui, uma ilusão!
Por tudo, entendo não haver mais Fake News que possa mudar a situação. A operação “Luladrão” ganha efeito contrário, afinal “cuspir prá cima” – cai no próprio rosto. Agravante, a CPI da Covid – 19 vai sangrar Bolsonaro, mais do que se imagina. E não haverá outra “facada”, nem “juiz amigo”. Resta o clérigo radical do moralismo religioso odioso, para orientá-lo em devaneios. Terceira via frágil. João Dória tem potencial, mas insuficiente.
Fernando Haddad teve 45 milhões de votos, Lula terá mais 20 milhões e Bolsonaro menos do que teve em 2018. Não por acaso, pesquisas sérias são unanimes em prever “vitória de Lula”. A tendência é essa.
São leituras que indicam – Lula vence a eleição em 2022.
Pensem nisso!
* É Engenheiro Agrônomo, consultor.