De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem – Eclesiastes 12:13
Tenho a honra de atestar que fiz parte do grupo de funcionários do Diário do Povo, hoje Diário MS. Aprendi muito nessa empresa! Isso foi na década de 90, por meio do amigo Tata Cavalcanti, na época, como eu, um dos radialistas da Rádio Caiuás AM 1250 KHZ.
Naquele tempo, o Diário do Povo estava contratando aprendiz de repórter (“foca” no jargão popular) e o Tata foi chamado pelo Helio de Freitas para ajudar a produzir matérias esportivas, policiais e em geral. Como ele tinha outros compromissos, não pode assumir.
Melhor para mim. Chegando na Rádio Caiuás, o Tainha me disse que o Diário do Povo estava contratando gente e se eu quisesse poderia falar com o Helinho, que também tinha passado pelos microfones da emissora dos Moreira.
Não pensei duas vezes, fui ao jornal. Na época, a parte administrativa e o parque gráfico eram na Rua Mato Grosso, quase esquina com a Rua Joaquim Teixeira Alves. Meu início foi hilário! Logo de cara me passaram uma caneta e um talão para anotações das matérias.
Cheguei a redação por volta das 13h e de lá já direto para o 1º DP – Distrito Policial. Ora, não possuía experiência alguma e mesmo assim não tive moleza. Meu “chefe” era ninguém menos que o editor de polícia Helinho de Freitas. O homem só sabia e até hoje só se pronuncia no imperativo! Vai! Faça! Mas é um grande camarada, apesar de corintiano.
No segundo dia, ao chegar com os rabiscos, me veio a ordem: desenvolve o texto de suas anotações e depois passa para revisar! Fiquei uma pilha! Que situação... Não sabia se saía correndo, pulava a janela ou se o orgulho falava mais alto. Prevaleceu a ultima hipótese.
Não sabia absolutamente nada do riscado. E do outro lado, nO Jornal O Progresso, estava o bam bam bam Waldemar Gonçalves, o Russo. Era um tal de um furo atrás do outro, e a redação pegava fogo! Como saía lá e aqui não! Era o questionamento do Victor Cales, do Paulo Falcão e do editor chefe professor Edmir Conceição.
Sinceramente, eu pensava em continuar só no microfone. Foi uma época muito dura e difícil, mas nunca reclamei, perdi o senso coletivo e esses fatos não me diminuíram em absolutamente nada! Havia um motivo maior do que o orgulho e a covardia de parar no meio do caminho, pois meu desejo era aprender os meandros da profissão, até por que sentia nas veias o desejo de seguir em frente.
Foram meses de tortura, mas não me arrependo e se fosse possível faria tudo novamente! Era e sou obstinado pelo que faço. Foi no Diário do Povo, com muito orgulho, que adentrei na imprensa escrita. Passei por outros veículos como sites (Dourados News, Agora MS, Revista Opinião, Aced, O Progresso), dentre outros.
Essa faceta marcou a minha vida! Fiquei cerca de 5 anos no Diário. Tempo inesquecível. Minha permanência nesse tempo todo se deve em grande parte ao meu jeito de ser: simples, autêntico, sincero e que procura cumprir as tarefas da melhor forma.
Fico feliz em ver gente daquele tempo ainda na casa, como o João Aparecido da Silva, João Carlos Macarrão Torraca, Alecsandra, Leila, Marcelo Piai, Alemão, Pedro Boita, seo João, um pouco mais tarde, Alfredo Barbara e tantos outros.
Também daquele grupo surgiu para o rádio o repórter e futuro advogado Eduardo Palomita. Profissional que tenho o prazer de ter auxiliado no início de sua caminhada e que atualmente desponta seguramente no seleto grupo especial da comunicação.
Esse sólido projeto Diário MS nasceu da junção: Zangão, Jornal do Vale, Panfleto e Diário do Povo e é robusto. Imagina então um dos caçulas da imprensa local: Jornal Preliminar, fruto de todo conglomerado citado neste texto.
São fatos e feitos que me remetem a um sentimento de dever cumprido. Por isso, sem receio, agradeço a Deus por tudo!
* O autor é jornalista