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Opinião

OPINIÃO: Dura eleição, dura lição!

08 outubro 2012 - 18h44Por ACM Matos

Eles vão se agrupando de acordo com os seus interesses, sem ideologia política; filiar em um partido é apenas um detalhe de obrigatoriedade da Legislação,  portas se fecham  entre as quatro paredes onde são feitos os arranjos que o candidato pensa ser a carta na manga, o pulo-do-gato e a certeza de sua eleição que brota,  floresce na mente regada por uma inteligência tida como suprema, única, impar; embebecidos, se portam de forma irracional e passam por cima de qualquer lógica social.

 

Cabos eleitorais são escolhidos pelo número de seu manequim e por sua capacidade de segurar por alguns minutos os olhares sedentos dos caçadores de rabo de saia de plantão. Candidatos amontoam-se em volta de um tacho de sopa, onde as conversas auriculares não são relacionadas a nenhum interesse da população mas das saias curtas que terão melhor desempenho na passarela demarcada com latinhas de cervejas ruim e quente.

 

Comitê montado com móvel emprestado e o layout comprometido com fios descascados e instalação mal feita, funcionários temporários e outros que estão até o pescoço devendo favores aos candidatos agiota de eleitores; terroristas de cargos e salários; salas de porta com chave onde são escolhidos entre poucos os que terão o privilégio de serem chamados para uma conversa onde o marketing é mostrar a todos os outros que ficam lá

fora, que não querem ser importunados.


Candidatura é uma empresa


Campanha é uma carreira de curta distãncia, o candidato deve ter uma organização estratégica, com todos seus componentes necessários para uma administração impecável onde o mínimo de erro gerencial e de gestão raivosa, leva a consequências desastrosa que poderia ser evitado,devido a falta de tempo para uma correção a contento, tratar como empresa com profissionais qualificados, preparados psicologicamente, teoricamente, com experiência administrativa; descentralização de poderes, delegando a cada setor as tarefas a serem cumpridas minuciosamente. O candidato pode sim ser o principal executivo, porem não centralizar as decisões, ouvir seus colaboradores competentes, se preparar para ouvir muito mais do que falar, fazer reuniões periódicas levantado as necessidades imediatas e priorizando as urgências.

Não representar uma classe isolada, se comportar como agente facilitador nas angustias das pessoas,porem tem que gostar de gargalhar com estas pessoas, se divertir com suas alegria, não ir achando que pobre é triste e vive chorando de boca aberta esperando ajuda de quatro em quatro anos, tem que gostar de gente, abraçar gente, agradar gente, amar gente, dar valor ao sorriso verdadeiro, não se apegar somente na possibilidade de que eleição só ganha com dinheiro.

Os exemplos estão aparecendo no Estado inteiro mostrando a necessidade de se qualificar para ganhar uma eleição; este processo passa longe dos bancos universitários, este preparo é a consequência da vivência do candidato, é o legado conquistado através de suas ações do passado, é a prestação de serviço humanitário verdadeiro, humildade, valorização de seu próximo. Tem que grudar em sua alma o conceito da bondade pura, da capacidade de mudar a vida das pessoas, ser articulado, conhecer alma, coração, enxergar as virtudes alheias, saber dissolver um conflito sem gerar outro conflito.

 

A empresa moderna, com seus paradigmas, está sofrendo uma reengenharia, devido a rapidez que estão chegando as novas tecnologias, mas não se esquece do fator gente. Vimos salas de repouso, sala de ginástica, creches muito bem equipadas, psicólogos de plantão para solucionar pequenos deslizes antes de crescerem.


E assim o tripé Capital imobilizado, Capital de Giro, Investimento deixa de ser a sustentação de uma empresa, começa a ser percebido que o QI  - Quanto de Inteligência não esta mais sozinho, tecnocratas percebem outras vertentes como QE –I nteligência Emocional, QS – inteligência espiritual ou partícula de Deus.

 

Considerando que através do QE nos leva a se aproximar das pessoas através das suas emoções, de suas paixões e de suas alegrias e tristezas; no QS recentemente descoberto por uma cientista quântica, filosofa  Drª Danah Zohar, formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor; nos mostra que temos Deus em nossa constituição corporal  e etérea  que devemos considerar que através do PONTO DE DEUS (COMO A ELA CHAMA) do nosso “EU ILUMINADO” somos capaz de sentir e distinguir o verdadeiro do falso, o divino do comum, o iluminado do sem luz...

O mundo dos negócios (E POLITICA É UM NEGOCIO) atravessa uma crise de sustentabilidade. Suas atitudes e práticas atuais, centradas apenas em dinheiro, maracutaia, barganhas esdrúxulas, favorecimentos sorrateiros, enriquecimento ilícito, estão devastando o meio ambiente, consumindo recursos finitos, criando desigualdade global, conduzindo a uma crise de liderança nos partidos e destruindo a saúde e o moral das pessoas que trabalham ou cujas vidas são afetadas por elas. Espiritualidade na política e nos negócios significa simplesmente trabalhar com um sentido mais profundo de significado e propósito na comunidade, tendo uma perspectiva mais ampla, inspirando seus funcionários, parceiros, multiplicadores, e financiadores de campanha. Nós não sabemos mais o que é realmente a vida politica. Não sabemos qual é o jogo que jogamos nem quais são as regras. Falta-nos um sentido profundo de objetivos e valores fundamentais. Essa crise de significado é a causa principal do esvaziamento moral na sociedade e consequentemente na política.

Max Weber (Pai do Capitalismo) criou o capitalismo a pouco mais de 200 anos... É muito pouco tempo para dizer que fará aniversário de mil anos; tudo que importa no mundo da política é o lucro imediato. Isso criou uma cultura corporativa destituída de significado e de valores mais profundos como o amor ao próximo e a valorização do ser como humano e não um animal irracional.

Finalizo, alertando os ganhadores e perdedores que atentem ao que esta acontecendo no STF, observem a tendência dos Nobres Ministros e daí tirem uma perspectiva de que no futuro ficará cada vez mais difícil de serem aceitos falcatruas e delitos de má fé, o ilícito, a irresponsabilidade com o bem público. As punições estão acontecendo e resgatando o significado do que é ser honesto, sério e ter vergonha na cara.

* O autor é consultor de agronegócios