Após mais de 17 horas, a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (o Compaj), em Manaus chegou ao fim no final desta manhã. Autoridades estaduais ainda não divulgaram informações oficiais, mas a imprensa local fala em dezenas de mortos e feridos. Uma entrevista está agendada para as 12 horas (horário de Brasília) para falar sobre esse incidente.
Agentes carcerários feitos reféns foram libertados após negociação entre os líderes da rebelião e autoridades. Procurada pela Agência Brasil, a empresa contratada pelo governo para administrar a unidade, a Umanizzare, não comentou a situação. Segundo o site da empresa, o complexo abriga 1.072 internos.
A rebelião começou no início da tarde de domingo (1) e durante entrevista coletiva concedida poucas horas após o começo do tumulto, o secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, afirmou que pelo menos seis detentos tinham sido mortos e dez funcionários da Umanizzare, além de vários presos, tinham sido feitos reféns. O próprio secretário repetiu a informação de que corpos decapitados tinham sido atirados para fora da unidade.
As autoridades estaduais ainda vão investigar as causas do motim, mas a suspeita é que a rebelião foi motivada por uma disputa entre integrantes de duas facções criminosas rivais e que teria produzido pelo menos 30 mortes.