A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta sexta-feira (11) a segunda fase da Operação Sexto Mandamento, que investiga um grupo de extermínio formado por policiais militares de Goiás. Ao todo, são cumpridos três mandados de prisão temporária e 17 de condução coercitiva – quando uma pessoa é levada para depor. Entre os alvos estão membros do atual comando da Polícia Militar de Goiás e advogados.
Nomeado comandante do Comando de Policiamento da Capital da corporação goiana no início do ano, o tenente-coronel Ricardo Rocha será conduzido coercitivamente de Goiânia a Brasília, para prestar depoimento. Ele já havia sido preso por quatro meses na primeira fase da operação, em 2011. Em 2014, foi a júri popular pela morte de Marcelo Coka da Silva, ocorrida dez anos antes.
Ao todo, 140 policiais estão envolvidos na operação, que ocorre nas cidades de Goiânia e ainda em Alvorada do Norte e Formosa, no interior do estado. A segunda fase investiga duas mortes e dois desaparecimentos. O nome da operação é uma referência ao sexto mandamento da Bíblia: “Não matarás”.
Na primeira etapa da Sexto Mandamento, 19 PMs foram presos depois de um ano de investigação. Entre as vítimas estavam crianças, adolescentes e mulheres sem qualquer envolvimento com crimes. A suspeita é de que o grupo tenha feito mais de cem vítimas desde 2010, conforme relata o G1.