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Polícia

Geddel Vieira é alvo de ação da PF contra fraude na Caixa

13 janeiro 2017 - 11h45Por G1

A polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (13) sete mandados de busca e apreensão em uma operação para apurar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica entre 2011 e 2013. Policiais fizeram buscas, em Salvador, em imóvel do ex-ministro do PMDB Geddel Vieira Lima, que é um dos alvos da operação. Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa no período investigado pela PF.

A ação desta sexta, batizada de Cui Bono, se baseia em informações encontradas em um celular em desuso apreendido pela polícia em dezembro de 2015 na residência oficial da Câmara. Na época, era o deputado cassado Eduardo Cunha que morava no local e presidia a Câmara.

A apreensão do celular ocorreu durante busca e apreensão na residência oficial da Câmara, realizada na Operação Cantilinárias, da qual a Cui Bono é um desdobramento.

A operação desta sexta acontece de forma simultânea no Distrito Federal, Bahia, Paraná e São Paulo. De acordo com os investigadores, o aparelho celular foi submetido a perícia. Após autorização judicial, a polícia diz que "extraiu uma intensa troca de mensagens eletrônicas entre o presidente da Câmara à época e o vice-presidente da Caixa Econômica Federal de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013".

Segundo a corporação, "as mensagens indicavam a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para grandes empresas de créditos junto à Caixa Econômica Federal". As mensagens indicam a possível prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro.

De acordo com os investigadores, o esquema investigado teve a participação do vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco, do vice-presidente de Gestão de Ativos e de um servidor do banco. No setor privado, também participaram empresários e dirigentes do setor frigorífico, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários e do mercado financeiro.

Os mandados da operação Cui Bono foram expedidos pela 10ª Vara Federal do DF. Segundo a PF, este é um desdobramento da operação Catilinárias, quando houve buscas e apreensões na residência oficial da Câmara, à época ocupada por Cunha. Aquela operação apurou possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Inicialmente, as decisões sobre as investigações ficavam a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, após a cassação de Cunha, o caso foi remetido para a Justiça Federal porque ele perdeu foro privilegiado.