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OPERADOR

Preso é apontado por movimentar R$ 22 milhões

Douradense investigado na Operação Intruso responde por lavagem de dinheiro

27 maio 2022 - 07h24Por Redação Douranews

O advogado Maurício Rasslan, que representa o único preso em Dourados na operação – um homem detido na casa dele, onde mantinha ‘empresa’ próspera no negócio de lavar dinheiro das criptomoedas por drogas- disse que estranhou a prisão do cliente. “As investigações de uma organização criminosa nessa já ocorrem há pelo menos dois anos, período em que vários integrantes já foram presos, porque essa ação só agora contra meu cliente?”, indaga.

O empresário de 46 anos, identificado como Marcos Walevein, detido em flagrante e preso preventivamente na quarta-feira (25) durante a Operação Intruso, é apontado como responsável por movimentar quase R$ 22 milhões em um período de 18 meses, dinheiro que segundo as investigações da Polícia Civil seria de origem ilícita. Ele é investigado por lavagem de dinheiro.

Para o advogado, é estranho que tenha ocorrido a prisão agora, sendo que a polícia sabia onde o cliente morava, também a ocupação e que tem bons antecedentes. “O processo está em sigilo, não sabemos do que ele está sendo acusado”, disse ao site Midiamax.

Postagem recente do operador de moedas virtuais no perfil do Instagram:

O pedido de prisão e de busca e apreensão contra o empresário foi feito após a polícia conseguir o afastamento do sigilo bancário e fiscal de investigados. Com isso, foi ampliada investigação da Polícia Civil de Pernambuco, que identificou componentes da organização criminosa, origem da droga e também a forma como o grupo lavava dinheiro em outros estados.

Foi identificado pela Polícia Civil o envio de valores por parte dos membros da organização criminosa para contas de possíveis fornecedores de drogas em outros estados. Também foi identificada série de transações na conta do morador em Dourados, que conforme a polícia recebeu “remessas de dinheiro de traficantes de drogas, bem como de criminosos e visitantes de presos”.

A suspeita é de que os valores recebidos, sem justificativa econômica, indiquem lavagem de dinheiro. Em interrogatório, o acusado disse que os valores recebidos por parte da empresa dizem respeito ao negócio em que trabalha, de bitcoins.

Ele foi questionado sobre as transações de R$ 21.968.225,83 a crédito e R$ 21.962.531,69 a débito, reafirmando que tudo seria pela atividade com criptomoedas. Nos perfis sociais que mantém nas redes de internet, o empresário costumava ostentar com festas regadas a pratos e bebidas requintadas em ambientes luxuosos de Dourados e de cidades turísticas do Estado.