Confirmando prognósticos feitos pelo marketing oficial, que instituiu o slogan ‘Construindo uma nova história’ para a administração iniciada em janeiro deste ano, o prefeito Alan Guedes (Progressistas) atingiu novo recorde nesta quinta-feira (8) em Dourados: chegou ao sexto protesto na porta do gabinete, em seis meses de mandato.
Desde às primeiras horas da manhã, servidores da Funsaud, a Fundação dos Serviços de Saúde do Município, ocuparam o pátio principal, em frente ao gabinete do prefeito, reivindicando o cumprimento de acordo que chegou a ser assinado pelo supersecretário Henrique Sartori, com o compromisso de pagar salários e férias atrasadas dos trabalhadores e prestadores de serviços no Hospital da Vida e da UPA.
Desde que estreiou no cargo, até então inesperado pelas limitações administrativas já demonstradas em outras instâncias de poder, Guedes já havia sido ‘visitado’ por grupos de servidores da UPA e do Hospital da Vida, enfrentou manifestos de trabalhadores da Fundação de Saúde, do Movimento dos Sem-teto e ainda de representantes do comércio, quando da primeira investida para tentar fechar o comércio; nessa ocasião, inclusive, manifestantes ameaçaram de acampar na frente da casa dele. Alan Guedes chamou a Guarda Municipal e, não satisfeito, da segunda vez recorreu até ao Batalhão de Choque, da Polícia Militar de Campo Grande, para ‘preservar’ o mandato.
Com os comerciantes, os maiores pagadores de tributos do Município, foi ainda mais duro: mandou prender um líder deles, determinou o fechamento dos estabelecimentos por 12 dias, apenas porque queriam o direito de, pelo menos, funcionar com as portas fechadas e manter o sistema de entrega em delivery durante o período de restrição para a abertura do expediente ao público e mais: distribuiu multas a todos que participaram de carreata para garantir o direito de trabalhar.