Para ele, “o maior culpado de tudo isso é Ari Artuzi, por conta da sua falta de maturidade e de uma equipe que o orientasse melhor. Talvez não fosse o momento correto para ele assumir um cargo no Executivo”, avaliou o vereador.
Bambu também disse que “embora eu não saiba os motivos pessoais do Passaia, acho que o que ele fez foi ruim para todos”, lamentando que “das seis gravações que tenho, apenas uma foi divulgada e, mesmo assim, mostra muito pouco, pois ela tem pelo menos uma hora e meia”, justifica.
Numa outra abordagem, Bambu diz que “se formos analisar corretamente, os vereadores Gino e Dirceu estão em situação bem pior que a minha, o que poderá ser comprovado se forem divulgadas todas as gravações”, complementando ao dizer que “eles deveriam, na verdade, se abster de participar de todo esse processo”, dispara Bambu.
Defesa
O advogado do parlamentar utilizou parte do tempo concedido para a defesa, expondo as razões que lhe faziam pedir pela absolvição de seu cliente, buscando fazer diversos comparativos entre os atos praticados por Bambu e o atos dos outros envolvidos. Após sua representação, Bambu assumiu a tribuna, quando depois de apontar erros diversos, passou a se desculpar de forma geral.
“Peço perdão a Deus por ter escandalizado o teu povo [de Deus], à minha família, meus pais, minha esposa”, disse, chorando. “Minha maior dor é ter escandalizado a igreja e as pessoas de boa fé”, ressaltando que “não existem amigos na política”.
Ao final ele dirigiu-se, diretamente a cada um dos vereadores (nessa ordem) Walter Hora, Bebeto, Elias Ishy, Juarez, Idenor Machado, Pedro Pepa, Délia Razuk e Cemar, finalizando sempre com a mesma frase. “Por Deus, Misericórdia. Me deixem prosseguir”.
Mesmo com o intenso clima emocional criado, a votação, excetuando aqueles que se declararam impedidos por participar da mesma coligação (Alan Guedes, Cido Medeiros e Pedro Pepa) foi favorável à cassação.
Após a votação, Paulo Henrique Bambu deixou as dependências da Câmara sem ser notado.