Com dívidas que somam R$ 20 milhões, herdadas da administração Alcides Bernal, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) precisa de mais R$ 3 milhões todos os meses para tentar equilibrar as contas da pasta, que se mantém com orçamento mensal de R$ 100 milhões. Parece muito, mas somente R$ 37,5 milhões desse total é de recursos próprios e o restante, R$ 62,5 milhões, é dinheiro federal “carimbado”, que tem uso específico e vinculado.
Os R$ 20 milhões em dívidas são com fornecedores de medicamentos e insumos que não recebem do município há pelo menos um ano. O secretário de saúde Marcelo Vilela afirma que a fase atual é de negociação, com pedido de parcelamento dos débitos com cada uma das empresas. “A gente começou a negociação para que a partir de agora seja regularizado o fornecimento”, disse, ao enfatizar que os fornecedores estão apreensivos.
“Por enquanto estamos só na negociação, nenhum pagamento foi feito e muitos (fornecedores)não querem fazer o serviço a não ser à vista e nossa negociação foca no parcelamento da dívida”, afirmou Vilela. Entre os serviços e produtos que estão sem pagamento estão medicamentos, laboratórios, reagentes e até mesmo hospitais que venderam leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para internação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Alguns casos estão inclusive judicializados.