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Política

Comissão busca R$ 150 milhões para indenizar produtores

14 novembro 2012 - 14h41Por Redação Douranews

Na busca por uma solução justa que possa colocar fim aos conflitos causados pelas demarcações de terra indígenas, uma comissão formada por parlamentares estaduais, representantes do Governo do Estado e de órgãos ligados a ruralistas e índios vai se juntar ao grupo formado pela bancada federal sul-mato-grossense em Brasília para tentar alocar recursos junto à União para indenizar produtores com títulos de posse em áreas consideradas indígenas.

Os recursos estimados em torno de R$ 150 milhões que indenizariam cerca de 10 mil hectares de terras deverão ser alocados através de emendas políticas, de comissão ou de bancada, segundo o procurador da Republica em Dourados, com estimativas do MPF (Ministério Publico Federal).

Cotado para presidir o grupo formado por senadores e deputados federais, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) ressaltou que a questão financeira é o único entrave na busca de solução para demarcação das áreas indígenas. “Solução jurídica já existe, porém Mato Grosso do Sul convive com esse impasse em razão da indenização dos produtores e isso terá que ser feito. Contudo, os valores não são pequenos e estão próximos de R$ 1 bilhão”, frisou.

Para o presidente da Famasul, Eduardo Corrêa Riedel, a iniciativa dos deputados de reunir representantes políticos, ruralistas e indígenas para discutir os conflitos foi extremamente positiva. “Essa situação de guerra não pode se tornar permanente. Acho que estamos todos convergentes na busca de um caminho e avançando nessa discussão, porém não existe solução sem recursos para a compra de áreas”, salientou.

Para o deputado e ruralista Reinaldo Azambuja, do PSDB, a indenização é a única saída. “Não existe solução sem a devida indenização para os proprietários. O que nos preocupa é o tempo que levaremos para alocar os recursos e quantas vidas isso pode custar”, alertou.

Além dos deputados estaduais, a comissão contará com a participação de representantes do Governo do Estado, Funai (Fundação Nacional do Índio), MPF, MPE (Ministério Público Estadual), Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Acrissul (Associação de Criadores de MS), Justiça Federal, OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de MS) e ainda representantes dos indígenas.

douranews