A criação da CPI Caça-fantasma ganhou força com o escândalo envolvendo os deputados estaduais Felipe Orro (PSDB) e Paulo Corrêa (PR). Eles foram flagrados durante conversa telefônica, tramando fraudar a folha de ponto de servidores da instituição.
Ontem, o próprio presidente da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), deputado estadual Lídio Lopes (PEN) , admitiu que o caso pode abastecer a CPI que já foi aprovada, mas foi adiada depois do deputado estadual Renato Câmara (PSDB) ter pedido vista.
“O rumor que envolve os parlamentares influencia sim na abertura da Comissão”, analisou Lídio. Além dele, outros deputados também avaliaram que o caso de Corrêa e Orro deram combustível para a criação de comissão que deve investigar a existência de funcionários da Assembleia que recebem sem trabalhar.
“A CPI tem que ser aberta. Essa denúncia é boa, pois a Assembleia está atrasada, nós ainda não temos folha de ponto e agora isso será criado”, disse o deputado estadual Pedro Kemp (PT). Ele também comentou que a Casa de Leis precisa dar uma resposta à sociedade. “Com essas investigações, a dúvida, se tem ou não funcionários fantasmas, vai acabar”, considerou ao Correio do Estado.