Os deputados e senadores de Mato Grosso do Sul estão mobilizados para defender no Congresso Nacional o fim do fator previdenciário. A votação para discutir o tema deve ocorrer entre os dias 20 e 22 de novembro. A afirmação é do deputado Geraldo Resende (PMDB), que esteve nesta quarta-feira (31) com o presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia (PT-RS).
Em audiência na presidência da Câmara, Geraldo Resende e o deputado Arnaldo Farias de Sá (PTB-SP) acompanharam os representantes da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas no debate sobre o fim do fator previdenciário, que está em vigor desde 1999.
Atualmente o valor médio das aposentadorias por tempo de contribuição é de R$ 2.087,94. Com a extinção deste dispositivo o valor passaria para R$ 3.006,63, ou seja, R$ 918,69 de acréscimo.
“O fator previdenciário pune injustamente os aposentados que contribuíram por 35 anos e veem seus rendimentos diminuídos quando seria o momento do Estado brasileiro agradecer e garantir vida digna a essas pessoas”, defendeu Geraldo Resende.
O vetor é construído por meio de uma equação complexa, criada com o objetivo de equiparar a contribuição do segurado ao valor do benefício. Quatro elementos baseiam a conta: alíquota de contribuição; idade do trabalhador; tempo de contribuição e a expectativa de vida. “Na prática reduz o valor do benefício dos aposentados, frustrando as expectativas dos trabalhadores na velhice”, disse Resende.
Para Werlei Martins, presidente da Cobap, “além da extinção do fator previdenciário temos que lutar por um aumento real das aposentadorias, acima da inflação. Desde 2010, a porcentagem destinada às aposentadorias apenas compensam as perdas com a inflação”. No último ano do Governo Lula, o aumento para os aposentados foi de 7,5%, enquanto a inflação ficou em média em 5%.