A vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, que ganhou projeção nacional nos últimos meses após ser mencionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como possível pré-candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, ganhou nova ascensão a partir do posicionamento firme adotado, nas redes sociais, onde faz duras críticas ao governo federal, denunciando o roubo bilionário do INSS, que classificou como “o maior esquema de corrupção desde o Petrolão”.
Segundo Gianni, o novo escândalo atinge diretamente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e envolve descontos ilegais em benefícios de aposentados, idosos, analfabetos e pessoas com deficiência os grupos mais vulneráveis da sociedade. De acordo com estimativas mencionadas por ela, até quarta-feira (7) os desvios poderiam ultrapassar a marca de mais de R$ 6,3 bilhões em fraudes no INSS, incluindo empréstimos consignados não autorizados, que estão sendo investigados. Em 2023, o volume total dessas contratações chegou a impressionantes R$ 90 bilhões. Ainda segundo suas declarações, sindicatos ligados ao INSS teriam incluído descontos não autorizados diretamente na folha de pagamento dos beneficiários.
Gianni também destacou que pelo menos R$ 154 milhões teriam sido repassados pelo governo federal a um sindicato cujo vice-presidente é irmão do presidente Lula. “Só uma coincidência?”, questiona, em tom crítico.
A vice-prefeita apontou também a omissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, que teria sido alertado sobre o esquema em 2023, mas nada teria feito para interrompê-lo. “Não agir diante de um crime também é ser cúmplice dele”, declarou. Em resposta ao Congresso, o ministro afirmou recentemente que “quem roubou deve ser preso”, mas para Gianni, isso não é suficiente. “Eu quero saber como vão devolver o dinheiro para os aposentados”, questiona Gianni. Lupi foi exonerado do cargo.
Ela também relembrou que, em 2019, o então presidente Bolsonaro sancionou a Medida Provisória 871, com o objetivo de combater fraudes no INSS, e lamentou que a proteção tenha sido derrubada pela esquerda em 2022. “As fraudes explodiram em 2023 e 2024”, afirmou.
Em meio ao escândalo, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), batizada de “CPI do Roubo dos Aposentados”, foi protocolada no Congresso Nacional para investigar os desvios. No entanto, Gianni criticou o fato de membros do Partido dos Trabalhadores não terem assinado o requerimento. “Eles não podem ficar impunes”, finalizou.