A decisão do Governo do Estado entre concluir uma obra como o Aquário do Pantanal e reestruturar a rede hospitalar regional será tomada sempre em favor das pessoas que precisam de algum procedimento médico e aguardavam atendimento há anos na fila da vergonha, afirmou o governador Reinaldo Azambuja, ao reafirmar o compromisso de priorizar os serviços essenciais à população de Mato Grosso do Sul, como saúde e segurança pública.
“Não existem dois dinheiros nessa fase que o País atravessa, de escassez de recursos, então nossa prioridade continua sendo as pessoas”, disse o governador. “O Aquário (do Pantanal) precisa de mais R$ 40 milhões para ser concluído, um volume de recursos significativo que podemos usar para melhorar a qualidade de vida das pessoas. E esta será nossa decisão, com certeza”, completou.
As declarações de Azambuja foram feitas na manhã desta quarta-feira (26), durante a sua visita ao Hospital São Julião, na Capital, contratado pelo Estado para realizar cirurgias em várias especialidades como parte da fase pós-Caravana da Saúde. Ele assegurou que até o final de sue mandato, em 2018, a rede hospitalar das onze microrregiões do Estado estará reestruturada, com novos hospitais e equipamentos, para descentralizar os serviços que hoje se concentram em Campo Grande.
“Os hospitais da nossa Capital não suportam essa demanda e o que ocorreu foi essa fila enorme de pessoas aguardando por algum procedimento, hoje praticamente zerada com a Caravana da Saúde, que em um ano realizou mais de 52 mil cirurgias”, pontuou o governador. Lembrou que anteriormente o Estado realizava apenas 1.200 cirurgias/ano porque o sistema era inoperante e não se investia em um novo modelo de saúde pública para resolver os gargalos.
Zerar demandas
Reinaldo Azambuja adiantou que o Estado planeja a segunda fase da Caravana da Saúde para 2017, ampliando o atendimento com novos procedimentos (diagnósticos do câncer da mama e útero e cirurgias vasculares), e avança suas ações na implantação de uma nova lógica de saúde, que consiste na construção dos hospitais de Dourados e Três Lagoas, ampliação do Hospital Regional de Campo Grande e instalação de novos equipamentos e leitos nos 11 municípios polos.
Ao falar dos contratos firmados com os hospitais filantrópicos (Pênfigo e São Julião) e o Santa Marina, na Capital, para realização de cirurgias eletivas, o governador enfatizou, mais uma vez, que o Governo do Estado não está terceirizando a saúde pública, mas usando a estrutura e os bons serviços da iniciativa privada para concluir os procedimentos agendados durante a Caravana da Saúde.
“A nossa estrutura pública de saúde não conseguiria atender a este volume de cirurgias, daí a fila da vergonha que se formou ao longo de anos”, explicou. A contratação destes hospitais, conforme disse, vai acelerar a conclusão das cirurgias agendadas, reduzindo o sofrimento das pessoas, estendendo esta parceria com a iniciativa privada também para o interior. “Temos uma estrutura organizada e funcionando, muitas vezes ociosa, que pode auxiliar o Estado a zerar estas demandas.”