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Política

Suspeita de dois relatórios tumultua processo de cassação de vereador em Dourados

07 março 2011 - 14h22Por Clóvis de Oliveira, Especial para o Douranews

A comissão processante que investiga a atuação do vereador afastado Marcelo Barros, do DEM, pode enfrentar problemas na sessão de julgamento que deve ser agendada ainda para esta semana pela Mesa Diretora da Câmara de Dourados.

Depois da aprovação do relatório que pede a cassação do mandato de Barros, surgiram fortes rumores de que haveria um outro relatório, já concluído anteriormente pelo assessor jurídico Naudir de Brito Miranda, contratado pelo ex-presidente da Câmara, vereador Dirceu Longhi (PT), onde Marcelo Barros era apontado como inocente das acusações.

O Douranews recebeu a informação de que o vereador Pedro Pepa, também do DEM, mesmo partido de Marcelo Barros, de quem é o suplente imediato, teria articulado nos bastidores, junto ao presidente da Comissão Processante, vereador Walter Hora, para que fosse produzido um novo relatório.

Fontes da própria Câmara confirmaram que o relatório final da processante que investiga a quebra de decoro parlamentar por parte de Marcelo Barros, feito pelo advogado contratado, optou pela absolvição do vereador, considerando que não haveria provas para incriminar o vereador afastado. O novo relatório, condenando o vereador do DEM, é assinado pelos membros da Comissão, Walter Hora (presidente), Juarez do Esporte (relator) e Albino Mendes (membro).

Operação Uragano

Marcelo Barros foi preso no dia 1 de setembro do ano passado, juntamente com outros oito colegas vereadores, todos acusados de integrar a quadrilha que, segundo a Polícia Federal, seria chefiada pelo ex-prefeito Ari Artuzi e teria desviado em torno de R$ 35 milhões dos cofres públicos através do favorecimento em licitações, fraudes e distribuição de propinas.

Até agora, dos envolvidos na operação “Uragano” (furacão, em italiano) deflagrada pela Polícia Federal, o ex-prefeito Ari Artuzi (ex-PDT) renunciou ao mandato, juntamente com o vice Carlinhos Cantor (PR) e o ex-presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM). O ex-vereador Zezinho da Farmácia (PSDB) também renunciou e Cláudio Marcelo Hall, o Marcelão (PR), foi cassado.