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Saúde

Com dengue em alta, Campo Grande tem greve de agentes de saúde

24 fevereiro 2011 - 12h45Por Redação Douranews, com Folha

Com 35 novos casos de dengue registrados por dia, em média, Campo Grande (MS) enfrenta uma greve dos agentes de saúde.

Segundo o movimento grevista, 60% dos 700 agentes municipais aderiram à paralisação desde janeiro. A prefeitura, porém, afirma que cerca de 70% dos agentes estão trabalhando.

Em representação ao Ministério Público Federal, os grevistas acusam a administração municipal de usar um inseticida vencido há quase um ano. Afirma, ainda, que os equipamentos de proteção são "ineficientes" e ameaçam a saúde dos funcionários que aplicam o inseticida.

A categoria reivindica o repasse integral, pela prefeitura, de verbas federais destinadas pelo Ministério da Saúde para incentivo aos servidores que atuam no combate a doenças epidêmicas.

"O que tem mais força: uma portaria ministerial que determina valores a serem repassado a algumas categorias profissionais ou um decreto municipal que dá outro direcionamento a eles?", questiona a representação.

Em nota, a prefeitura afirma que o inseticida de combate à dengue "tem validade até o fim do ano" e diz que os agentes "utilizam todos os equipamentos preconizados pelo Ministério da Saúde."

Em liminar concedida à administração municipal em janeiro, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul declarou a greve dos agentes ilegal. O fato, diz a prefeitura, impede a negociação. Para o advogado dos grevistas, Gustavo Santos, a liminar é "inválida" porque se direciona a sindicato "inexistente".

PARANÁ

O Paraná registrou um aumento de 78% nos casos confirmados de dengue entre 1º de dezembro de 2010 e 18 de fevereiro em comparação com 2009/2010: foram 1.783 casos contra 997.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezefrido Paz, os números refletem a redução, ao longo de 2010, de agentes que atuam no controle da doença.

Em Londrina, afirma Paz, a nebulização era feita por empresa terceirizada, que reduziu o número de funcionários em 1/3 quando o contrato acabou no ano passado.

A cidade registra 35% dos casos no PR. Dos 638 confirmados neste ano, 22 são da forma grave da doença. Uma mulher de 64 anos morreu.