A Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC-MS) recebeu na manhã desta quarta-feira (23) o ônibus da Saúde da Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems) em ação de combate ao câncer. Durante todo o dia serão realizados 250 exames voltados aos delegados, policiais e comunidade local. A medida tem como objetivo divulgar a campanha Novembro Azul de combate ao câncer de próstata e também reforçar o Outubro Rosa, na prevenção contra o câncer de mama.
O delegado geral adjunto, Antonio Carlos Costa Mayer, destacou que a adesão da categoria foi plena, sendo a campanha muito bem conduzida por toda a equipe. “Esperamos atender todo o público da nossa diretoria e das unidades policiais da Capital. Muito delegados, policiais, e pessoas da nossa comunidade local aderiram espontaneamente. A prevenção é o divisor de águas para solução desse mal, a que todos estamos suscetíveis. É aquele velho ditado: prevenir é melhor do que remediar”, afirmou.
Durante ação, o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, declarou que até agora o ônibus da saúde já realizou cerca de 30 mil atendimentos em Campo Grande e interior do estado. Sobre os atendimentos da DGPC, Ayache informou que foi devido a um pedido do delegado geral, Marcelo Vargas. “Fazemos o trabalho de rotina, mas as demandas dos órgãos e secretarias nos ajudam a divulgar a prevenção junto aos nosso beneficiários. A estrutura de Governo ao nosso lado é muito importante e reforça o combate ao câncer masculino e feminino, além de levar os exames onde a população está”, disse.
A ação de conscientização precoce está oferecendo 50 exames de mamografia (para pessoas acima de 40 anos), 50 preventivos, 100 exames PSA (Antígeno Prostático Específico – acima de 45 anos) no diagnóstico do câncer de próstata e 50 exames para detecção do câncer de pele.
Pacientes
A policial civil papiloscopista, Norma Jornada, 53 anos, esteve presente e contou sua história de superação. Afastada há dois anos da corporação, ela foi diagnosticada com um câncer de mama e terminou o tratamento recentemente. “O primeiro sinal foi uma aureola escura no meio seio e percebi que um estava diferente do outro. Vinha fazendo meus preventivos normalmente, mas não foi diagnosticado. Fiz o tratamento, cirurgia, quimio e radioterapia. Foram dois anos. Vou voltar em janeiro. Mas o conselho que eu dou as mulheres é conheça seu corpo e fique vigilante. Quando mais cedo detectar, mais fácil o tratamento”, declarou.
Para a policial civil papiloscopista, Neide Recalde Nunes, 53 anos, a prevenção é o melhor remédio. “Eu deixei de fazer um exame e no ano seguinte meu seio começou a doer muito. Não conseguia nem andar. O primeiro médico que consultei me diagnosticou com mastite. Me medicou, mas mesmo assim procurei uma segunda opinião, quando foi constatado o câncer. Até agora fiz quatro quimioterapias, a cirurgia e mais quatro quimios, sendo a última no início desse mês. Agora estou fazendo os exames certinhos. As mulheres e também os homens precisam procurar atendimento. Prevenir continua sendo o melhor remédio”, ressaltou.
A dona Ramona Zenaide, 58 anos, esteve realizando os exames preventivo e de mama durante os atendimentos do ônibus da saúde. “Viemos meu marido e eu. Nós moramos aqui perto e ficamos sabendo da oportunidade de fazer os exames. Meu esposo fez o dele rapidinho e até já foi para casa. Esse tipo de iniciativa é muito importante e a população só tem a ganhar com a prevenção”, frisou.
De acordo com o médico oncologista, Fabrício Colacino Silva, é de fundamental importância o engajamento dos organizadores e da comunidade policial, que atendeu o chamado para fazer os exames e também trazer a população para os atendimentos. “Ficamos surpresos com a organização porque vimos o quanto a população recebeu o chamado e atendeu, não só os policiais, mas a comunidade local. Hoje pudemos finalizar o novembro azul e atender as mulheres com prevenção do câncer de mama, colo de útero, atendimento da prevenção do câncer e próstata. Um dia de atendimento completo no qual praticamente mais da metade dos tumores estão sendo prevenidos”, avaliou.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que até o fim de 2016, mais de 61 mil casos de câncer de próstata serão registrados no Brasil. Isso implica em cerca de 13 mil mortes anuais – uma média de um óbito a cada 40 minutos. Também são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama, no mesmo período, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres.
