Os sindicalistas buscam no Congresso não só o reajuste do salário mínimo para 580 reais, mas também um aumento em igual percentual, de cerca de 13%, para os aposentados. O deputado Paulo Pereira, presidente da Força Sindical, no entanto, sugeriu uma emenda ao Orçamento que prevê um reajuste de 80 por cento sobre o aumento que será dado ao salário mínimo. Ele acredita que dessa forma, um acordo com o Poder Executivo será mais viável.
"É lógico que aqui nós não temos como negociar. Ou nós aprovamos a emenda, ou perdemos. Essa negociação que se iniciou aqui no Congresso Nacional vai continuar semana que vem com o governo e nós achamos que a tendência dessa negociação é terminar com duas Medidas Provisórias. Uma que aumenta o salário mínimo, outra que aumenta o aumento dos aposentados", disse Paulinho.
Já o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, defende o mesmo reajuste dado ao salário mínimo para os aposentados e pensionistas. Ele reconhece que há pouco tempo para votar o orçamento até o final do ano, por isso, acredita num acordo com o Governo. Para Paulo Paim, uma Medida Provisória garantiria o reajuste já a partir de primeiro de janeiro.
"É o único instrumento legal que a gente tem. Nós teremos até o final do ano, em torno de 10, 12 dias úteis. Quando eu digo dias úteis estou falando de terça, quarta, e no máximo quinta. Pra que a Casa se posicione sobre a matéria. Aí só uma Medida Provisória que pode assegurar esse direito", afirmou o senador gaúcho.
O relator geral do Orçamento, senador Gim Argelo, do PTB do Distrito Federal, vai se reunir na próxima terça-feira com os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, e com as centrais sindicais para tentar fechar um acordo sobre o valor dos reajustes.