A audiência aconteceu na manhã de hoje, convocada pelo Ministério Público do Trabalho. Os líderes sindicais dizem que a empresa não honrou o compromisso de estudar o plano de saúde, o fim do trabalho as sábados e o plano de participação nos lucros, entre outros benefícios, seguindo o acordo coletivo firmado em abril.
Não havendo propostas da empresa, os funcionários decidiram em iniciar uma greve no dia 13 de setembro e, segundo a entidade sindical, como represália, poucos dias antes da greve iniciar, começaram a acontecer demissões.
O vice-presidente do sindicato, Vilson Gimenez Gregório, reivindica agora que o frigorífico reintegre os demitidos e volte a discutir os benefícios.
O JBS/Bertin, por outro lado, nega as acusações, alegando que os cortes foram feitos por falta de gado para abate, por causa do período de estiagem. Rubens Bernardes afirmou que o custo para a empresa manter capacidade ociosa é muito alto, e que nos últimos dois meses foram concedidas férias a 740 trabalhadores na tentativa de equilibrar a situação.
O procurador sugeriu à empresa que suspendesse temporariamente os contratos de trabalho – medida prevista na CLT – para amenizar o problema com os trabalhadores e reduzir custos. Meneghelli Filho pediu às partes que apresentassem documentos e concedeu cinco dias de prazo. As denúncias do sindicato ainda não estão comprovadas pelo MPT.