Para ele, essa mudança é bastante importante para os frigoríficos, pois essa nova versão confere maior autonomia para trabalhar. “Esse programa virtual ficará acessível aos frigoríficos nos fins de semana e feriado, sem limite de horário, o que não acontece hoje com o sistema tradicional”, explicou, ressaltando que o sistema tradicional continuará em funcionamento e o produtor terá assim a opção de emitir a guia em papel ou utilizar do sistema eletrônico.
A diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Carrijo, explicou que este é um sistema menos burocrático, liberando os técnicos da agência para o desempenho de outras funções como as ações na área de sanidade animal. “A e-GTA será usada durante a venda do gado que quando chegar ao seu destino, o comprador ou frigorífico dará a anuência para que a transação seja finalizada”, explicou Maria Carrijo, acrescentando que a participação do Sicadems é muito importante para a eficiência do projeto. “Os frigoríficos filiados ao Sicadems que receberem a máquina atuarão como nossos parceiros no processo operacional na utilização do novo sistema, porque na maioria das transações são eles que recebem e dão à anuência”, afirmou.
Ela também explicou que o projeto piloto será testado por 60 dias e, ao término desse período, será submetido ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para aprovação antes de ser adotado oficialmente.
A máquina para a emissão da e-GTA é do mesmo modelo que máquina utilizada nas operações com cartão de crédito e débito, sendo que os produtores e frigoríficos também receberão um cartão com um chip contendo todas as informações referentes à propriedade rural cadastrada em nome do produtor. A máquina para leitura do dispositivo eletrônico vai estar interligada, via satélite, ao sistema da agência para envio de dados em tempo real.
Para emissão da e-GTA é preciso anuência do médico veterinário responsável pela propriedade, cadastrado na Iagro. O documento também especifica a localização da emissão da e-GTA e a identificação do terminal utilizado. A guia possui ainda um código de barras para leitura nos postos de fiscalização da agência, permitindo aos fiscais a confirmação da autenticidade do documento.