O presidente da Câmara de Vereadores de Naviraí, José Odair Gallo (PDT) reafirmou, em contato com o Douranews, que embora o juiz da Vara Criminal de Naviraí, Paulo Roberto Cavassa de Almeida tenha aceitado a denúncia oferecida pelos promotores de Justiça Letícia Rossana Pereira Ferreira e Luiz Gustavo Camacho Terçariol, que não houve qualquer crime e está com a consciência tranqüila, estando seguro quanto à sua defesa.
“Infelizmente alguns adversários fizeram um julgamento antecipado, mas posso afirmar que não cometi crime algum e aguardava o momento oportuno para provar o que digo. Com a denúncia aceita poderei apresentar a minha defesa e muitos se surpreenderão como o desfecho deste episódio”, declarou Gallo.
O presidente da Câmara esclarece ainda que “na ocasião conheci uma pessoa do grupo Uemura como empresário. Ele, naquela ocasião, tinha interesse em instalar empreendimentos em Naviraí. Como acontece naturalmente, o encaminhei para o Executivo e posteriormente, não houve sequer projetos vindos do Executivo no sentido de doar terreno”, afirmou Gallo, esclarecendo ainda que “agora não tenho muito o que dizer sobre esse episódio e, tudo o que precisa ser esclarecido será apresentado na defesa", completou o vereador.
A denúncia
Em 24 de agosto de 2010, o Ministério Púbico Estadual (MPE), ofereceu denúncia contra José Odair Gallo, pela “suposta” prática dos crimes de corrupção passiva, e contra Eduardo Takashi Uemura pela suposta prática do crime de corrupção ativa.
Consta no documento que o empresário Eduardo Uemura “teria” oferecido vantagens a José Odair Gallo, a fim de que o mesmo intermediasse, junto à Administração Municipal, quanto à escolha e desapropriação de um imóvel para a instalação de um cemitério nesta cidade, pela empresa Uemura & Cia, de propriedade de Eduardo Uemura. Dentre as vantagens prometidas por Eduardo, estaria a manutenção do emprego do irmão de Gallo, que trabalhava numa das firmas de Eduardo.
Recebida a denúncia, o juiz Paulo Roberto Cavassa determinou a citação dos denunciados para apresentarem respostas às acusações, no prazo de dez dias, após, o feito deverá seguir para fase de instrução.
“Vou apresentar a minha defesa e aí, então, poderei esclarecer essa situação, quando ficará claro porque estou com a consciência tranqüila e seguro sobre o final dessa história”, finalizou Gallo.