Nela, o primeiro secretário da AL detalha uma suposta partilha de dinheiro público entre o governador André Puccinelli, membros do Judiciário e deputados. Durante a ação, os integrantes do movimento apresentaram um manifesto cobrando o afastamento de todos que foram citados na gravação.
O tumulto criado pelos manifestantes acabou provocando o encerramento da sessão com apenas oito minutos, fato que gerou mais protestos, porém, pouco depois, o presidente da Casa, Jerson Domingos (PMDB) recebeu uma comissão, que fez a entrega do documento pedindo a abertura da CPI e a punição dos envolvidos.
Segundo os integrantes da comissão, o presidente pretende encaminhar o pedido de CPI para a Corregedoria e prometeu levar o assunto para discussão em plenário. “Se preciso for nós vamos acampar na Assembléia e só sairemos daqui quando a CPI for instalada”, disse o presidente do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza, Paulo Ângelo, durante entrevista coletiva após a reunião.
Eles prometem também monitorar todos os passos da comissão e se, de fato, houver indícios de partilha de dinheiro irregular, o movimento aumentará a pressão. “O Fórum poderá fazer, por exemplo, uma grande manifestação para afastar o governador”, diz Ângelo, lembrando ainda que a Assembleia já foi alvo de outras suspeitas de irregularidades. “Esta Casa já foi acusada de ter jogo do bicho aqui dentro e suspeita de nepotismo, por exemplo. Agora aparece a denúncia de desvio de dinheiro público”, aponta Ângelo.
O Tribunal de Justiça, segundo as lideranças, será o próximo alvo de cobrança e a exemplo do que fizeram na Assembleia, eles querem entregar documento pedindo apuração sobre o suposto envolvimento de membros da corte no esquema.